5 de novembro de 2011

APOSTA NO DESENVOLVIMENTO DE CANDIOTA

Reunião com Cientec, Acisa/CDL, CalFida e Prefeitura em 05/10/11

Este Município tem excepcional potencial para oferecer condições otimizadas de emprego e renda para milhares de cidadãs e cidadãos. A argila, a cinza, agora o gesso - subproduto resultante da dessulfurização da Fase C - o carvão e os produtos da agropecuária familiar.

A busca por investimentos na transformação dessas matérias primas em produtos industrializados deve ser uma luta permanente. Deste modo tenho desenvolvido contatos com muitas empresas nesse sentido, procurando entusiasmá-las a virem para cá, trazendo sua tecnologia, seus recursos para criarem postos de trabalho e distribuição de renda aqui e não lá fora, em outras localidades. Seus investimentos aqui gerarão empregos para as cidadãs daqui e para os cidadãos daqui. Haverá distribuição de renda aqui e não alhures.

A agroindústria familiar estava bloqueada pela legislação elitista e excludente que vigiu até ontem. Tudo o que  a agroindústria familiar produzia só podia ser comercializado no municípío de origem. Assim o queijo produzido em Candiota não podia ser vendido em Bagé. O Governador Tarso Genro sancionou ontem, em Sarandi, a Lei da Susaf - Sistema Unificado de Sanidade da Agroindústria Familiar, cujo projeto é de autoria do jovem Deputado Estadual Edegar Pretto - que abre, para comercialização em todo o Rio Grande, dos produtos da agroindústria familiar como queijo, doces, embutidos e outros. Isto poderá destravar esse importante setor, que é capaz de criar uma enormidade de empregos e viabilizar os pequenos do campo com muita qualidade de vida.

Para cada tonelada de carvão queimado na usina de Candiota obtem-se cerca de meia tonelada de cinza e, na Fase C, uma de gesso por uma de carvão. Para cada megawatt produzido queima-se uma tonelada de carvão, em média. Fazendo um rápido exercício de cálculo, quando há produção de 200 megawatts por hora significa que são queimadas 200 toneladas de carvão nesse mesmo período de tempo. Resulta em 100 toneladas de cinza e 200 tonelads de gesso.

Da cinza é possível obter grande quantidade de artefatos como tijolos, blocos para calçamento de ruas. Até dormentes para estradas de ferro conforme demonstraram cientistas da Cientec em recente visita a Candiota, que fizeram a nosso convite e do Vereador Valmir Cougo.

Do gesso, com o adicionamento de alguns nutrientes, é possível obter-se excelente e barato adubo. Esta informação recolhi inicialmente da Fida e, logo em seguida, confirmada pela Cientec.

Iniciei os contatos com a Fida - Irmãos Cioccari - de Caçapava do Sul em meados de fevereiro . Foi uma conversa preliminar com o Consultor Pedro Paulo Fontoura, que teve desdobramento. Convidei-o a vir a Candiota, e trazer diretores da empresa,  por ocasião do seminário sobre Meio Ambiente realizado pela CGTEE. Nessa ocasião deu-se o primeiro contato com os diretores da estatal e com o Prefeito Luiz Carlos Folador que, imediatamente, marcou uma reunião para o dia seguinte com a presença do Secretário Aroldo Quintana, do Desenvolvimenfto e Meio Ambiente.

O Pedro Paulo levou cópia da Lei 1190, resultante das modificações que fiz na Lei 675, que cria incentivos para o desenvolvimento de Candiota, para apresentar a Diretoria da empresa em Caçapava. Seu retorno, alguns dias depois, após muitos contatos por telefone e mensagens eletrônicas para esclarecimentos, já em campanhia do diretor Paulo Cioccari foi para firmar o propósito da instalação de uma base com silos para estoque de cinzas em Candiota e investimentos de R$1 milhão de reais e a criação de aproximadamente 20/25 empregos. Continuamos a conversar e a analizar as potencialidades e as intenções evoluiram para investimentos de R$2 milhões e a criação de entre 40 a 50 empregos em Candiota, para candiotenses, sem trazer ninguém de fora, a não ser o próprio Pedro Paulo que virá residir aqui e virará candiotense.

Na segunda-feira, dia 24 de outubro de 2011 a Câmara de Vereadores aprovou por unanimidade a lei 1277, que o Prefeito Folador sancionou quinta-feira, dia 03 de novembro e, já no dia seguinte, sexta-feira dia 04 de novembro. Pedro Paulo partiu rumo a Caçapava, sede da Fida, levando o Contrato de Conceção Real de Uso da área ( 2,3ha) no Distrito Industrial, junto ao João Emílio, onde será instalada a unidade de estocagem de 300 toneladas de cinza, produção de argamassa e do fertilizante que terá como base o gesso resultante da dessulfurização e funcionará acionada pela mão de obra daqui da terrinha.

É necessário dar conta do enorme entusiasmo com que o Prefeito Folador e eu nos movemos nesses dias todos, com a participação do Secretário Aroldo Quintana, para chegarmos a este resultado positivo e a breve realização do sonho da criação de empregos para a nossa querida e briosa gente. A aposta no desenvolvimento de Candiota exige muito esforço e muita dedicação movida por um combustível imprescindível: paixão por uma política de geração de empregos e distribuição de enda que envolva e beneficie o nosso Povo sem que ele tenha que sair para fora e sem que os recursos tambem saiam. Isso é desenvolvimento endógeno. Será reproduzido aqui com novos investimentos e novos empregos.

Vereador João Couto

4 de novembro de 2011

Prefeitura de Candiota concede incentivos para instalação de empresas no município


O prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, sancionou na quinta-feira, dia 3, duas Leis Municipais, previamente aprovadas na Câmara de Vereadores, para a concessão de incentivos para a instalação de empresas no município – junto ao Distrito Industrial.

Uma das Leis é destinada à concessão de incentivos à empresa Irmãos Cioccari & Cia Ltda. (CalFida), a qual consiste em uma fábrica para o aproveitamento de resíduos de cinzas geradas pela queima do carvão da Usina Termoelétrica Presidente Médici. A outra garante o mesmo benefício à empresa Flávio Renato Traçante Sanches, que atuará como uma indústria de blocos estruturais e pré-moldados.

Os incentivos concedidos constituem-se no direito real de uso de lotes dentro do Distrito Industrial do município, além da realização de serviços de terraplanagem necessários para ambas as instalações.

Mais investimentos e novos empregos

Folador reitera que o processo é uma iniciativa corrente da atual gestão já que, além que possibilitar a inserção de novas empresas na cidade, representa a criação de novos postos de trabalho e de novas possibilidades de renda para a comunidade.

“Trabalhamos de forma incessante para a viabilização de novos empreendimentos em nossa cidade e, assim como fazemos através desta concessão de incentivos, mostramos que realmente estamos interessados e empenhados com este foco”, aponta.

Conforme relata o consultor e prestador de serviços da empresa Calfida, Pedro Paulo Fontoura, a previsão é que a fábrica esteja devidamente instalada em 90 dias. “Estamos trabalhando para nos instalarmos o mais breve possível. Os investimentos para a construção dos pavilhões, silos e materiais necessários gira em torno de R$ 2 milhões iniciais”, conta. Ele destaca, ainda, que a meta é produzir cerca de 10 mil toneladas/mês de produtos, como cal hidráulico, argamassas diversificadas e pré-moldados. “Temos a perspectiva que gerar de 30 a 50 empregos diretos em um primeiro momento. Esta mão de obra em questão devemos selecionar entre moradores do próprio município”, salienta o consultor.

Por sua vez, o diretor da outra empresa beneficiada, Flávio Renato Traçantes Sanches, informa que, a partir da assinatura da concessão, já trabalha na resolução das questões burocráticas para a instalação definitiva. “Nossa meta é a fabricação de produtos com foco no bloco estrutural e a abertura de novos mercados”, cita. Ele contabiliza a geração de 20 empregos diretos inicialmente e a capacidade de produção de seis mil blocos diários. “É um pequeno projeto com um grande horizonte. Acreditamos no potencial desta iniciativa e esperamos ampliarmos para o atendimento do mercado regional”, avalia.

Empenhado em ações na busca na instalação de novas empresas em Candiota, o vereador João Couto argumenta que o município “é um manancial de matérias primas para um grande número de produtos”. Segundo ele, são possibilidades que vão desde a argila, passando pela cinza oriunda da queima do carvão, pelo gesso resultante da dessulfurização, até inúmeros produtos provenientes da agropecuária. “É necessário buscarmos sempre estas empresas para transformarmos estas matérias em riquezas, trabalho, renda e desenvolvimento para Candiota”, justifica.

Autorizações foram sancionadas na quinta-feira