5 de agosto de 2011

DEMANDAS DA PARTICIPAÇÃO POPULAR E CIDADÃ SERÃO VOTADAS DIA 10



Nesta quarta-feira, dia 10 de agosto,desde às 8 horas da manhã e até às 18 horas, cidadãos e cidadãs de todo o Estado estarão votando as demandas escolhidas nas ASSEMBLÉIA MUNICIPAIS realizadas durante o mês de julho.

Na Região da Campanha a PLENÁRIA DE DELEGADOS , reunida em Bagé em 20 de julho formatou a CÉDULA que servirá para a votação de todas as demandas em todas as cidades. O voto será marcado ao lado da ÁREA que contém a demanda e esta estará em um quadrinho, logo a seguir, com o respectivo valor que serve para abrir a rubrica e possiblitar sua inserção no Orçamento Estadual de 2012.

Além da votação em urnas também se poderá votar pela Internet por meio do www.participa.rs.gov.br. e neste caso a votação irá até às 24 horas. Quem não dispuser de computador para a votação virtual poderá dirigir-se a uma repartição pública seja da Prefeitura, Câmara de Vereadores ou escolas onde haverá uma pessoa destacada para ajudar.

Em Candiota haverá 23 locais de votação como segue::

a – Vila Residencial:
Escola Estadual Jerônimo Mercio da Silveira;
Hospital Candiota e
Fruteira Raupp

b – Dario Lassance:
Secretaria de Administração e Finanças – Arrecadação,
Escola Estadual Dario Lassance,
Banrisul,
Banco do Brasil/ Lotérica,
Posto de Saúde,
Peruzzo,
Sacolão.

c – João Emílio:
Escola Municipal Nely Betemps e
Posto de Saúde.

d – Seival:
Escola Estadual Seival e
Posto de Saúde.

e – Vila Operária:
Escola Faro
Rodoviária,
Mercosul.

f – São Simão
João Revelante.

INTERIOR:
Escola Estadual Santa Lúcia,
Escola Municipal Santa Izabel,
Escola Estadual Oito de Agosto
Escola Estadual Vinte de Agosto e
Posto de Resfriamento de Leite do Assentamento Vinte e Dois de Dezembro.

Em Candiota a Assembleia Municipal decidiu hierarquizar as cinco propostas mais votadas para que os delegados procurassem incluir na cédula de votação. Atendendo essa decisão popular e democrática os delegados cumpriram sua missão e todas estão contempladas. Relembramos, no entanto, que cada eleitor votará em apenas QUATRO propostas ( ÁREAS ). Caso algum eleitor vote em mais de quatro anulará seu voto.

As ÁREAS prioritárias ( em ordem de prioridade ) para Candiota são:

1ª – Educação ( curso técnico de nível médio de eletrotécnica na EE Jerônimo);         2ª – Desenvolvimento Rural Pesca e Cooperativismo( redes de água para a agricultura familiar);                                                                                                   3ª – Infraestrutura e Logística( pavimentação asfáltica da estrada João Emílio/Seival );                                                                                                          4ª - Habitação e Saneamento( construção de casas populares);                                5ª – Segurança( 3 kits de informática para a Brigada Militar).

Deste modo, para votar as/os cidadãs/ãos de Candiota devem localizar, na cédula, estas ÁREAS e escolher QUATRO delas para marcar dentro do quadrinho ao lado.

Entendemos ser de muito bom alvitre lembrar que só um grande comparecimento às urnas, na quarta-feira, uma grande votação nos dará condições de competir com os municípios maiores. E como dizia Barack Obama em sua campanha: “ SIM, NÓS PODEMOS “. Agora é a nossa vez de dizer isso e comparecer, em massa aos locais de votação e confirmar que os CANDIOTENSES querem ser, realmente, protagonistas dos avanços e melhorias da qualidade de suas vidas.

Caso alguém tenha dúvidas entre em contato com:
João Couto fone 99455005;
Prof, João Roberto fone 99775235;
Renato Cunha fone 99765451
Paulo Brum fone 99780208
José Wilson fone 99494260.


4 de agosto de 2011

 Tracey diz que emoções tem de ser consideradas na aprendizagem Pesquisadora norte-americana defende união entre pedagogia, neurociência e psicologia
Juliano Tatsch
GABRIELA DI BELLA/JC http://www.jornaldocomercio.com.br/
Para a educadora Tracey Espinosa, emoções têm de ser consideradas pelos professores.
Para a educadora Tracey Espinosa, emoções têm de ser consideradas pelos professores.
 
A chamada pós-modernidade trouxe junto no seu turbilhão de transformações a profusão de locais de acesso à informação. Hoje, obter informação é extremamente fácil; saber interpretá-la e transformá-la em conhecimento é um desafio. Quando se fala em ensino, então, esse desafio é elevado a uma grande potência e o papel do educador ganha destaque.

Reunir os conhecimentos de outros campos de estudo à pedagogia, avançando, assim, no desenvolvimento de processos de aprendizagem. Essa é a proposta da Ph.D em Educação e diretora do Instituto de Enseñanza e Aprendizaje (Idea) da Universidade de San Francisco de Quito, no Equador, Tracey Espinosa. A professora de Educação e Neuropsicologia foi uma das palestrantes do 11º Congresso do Ensino Privado Gaúcho, realizado pelo Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS).

De acordo com ela, a pedagogia tem de andar de mãos dadas com a neurociência e com a psicologia. “É preciso unir isso. O professor tem de integrar a ciência à educação. Professores precisam ser cientistas educacionais. Esse é um novo campo que está surgindo, é um conceito novo em educação”, afirma.
Para Tracey, os professores precisam fazer mais do que apenas repassar informações e querer que os alunos as retenham. “O professor tem de formar bons pensadores para que eles aprendam durante toda a vida, e não só na sala de aula”, diz. A ideia de Tracey vai ao encontro do que o filósofo Immanuel Kant pregou em textos produzidos entre 1776 e 1787 e que foram reunidos no livro Sobre a Pedagogia. Para Kant, o ensino através da memorização de conteúdo é danoso, pois é limitador. “Não é suficiente treinar as crianças; urge que aprendam a pensar”, disse o filósofo. Percebe-se, pois, que a ideia de formar pensadores não é nova, apesar de pouco aplicada.

Para que isso seja feito, para que bons pensadores sejam formados, é necessário conhecer como a máquina que pensa funciona. Para a pesquisadora, aprender sobre os mecanismos de processamento das informações do cérebro é ponto-chave quando o que está em jogo é o ensino e a aprendizagem. “A educação precisa se utilizar do conhecimento dos neurocientistas e dos psicólogos para avançar. A possibilidade de sucesso no ensino cresce se isso for feito”, ressalta.

A estudiosa destaca que não existem dois cérebros iguais, nem no caso de irmãos gêmeos idênticos. Segundo ela, as experiências fazem os cérebros serem distintos, e isso tem forte impacto no ensino. “Esse é um conceito poderoso de diferenciação. É preciso ter flexibilidade para ensinar. Ensinar de formas diferentes para pessoas que aprendem de modos diferentes. O objetivo da aula não muda, é o mesmo para todos. O que muda é a metodologia”, enfatiza. Tracey frisa que quando as crianças chegam na escola, já o fazem em níveis distintos. Para ela, o trabalho do educador deve maximizar o potencial de cada aluno, sabendo que eles são diferentes. “É preciso ensiná-los e avaliá-los de formas diferentes”, diz.

Ambiente propício e motivação são fundamentais para a aprendizagem

Tracey, que é norte-americana nascida na Califórnia, defende que a existência de um ambiente que estimule é essencial para a aprendizagem. “A motivação é aliada no processo. O aluno motivado fica mais tempo envolvido e, no que se refere ao ensino, mais tempo significa melhor aprendizagem”, observa. Quando se refere ao ambiente, a pesquisadora enfatiza que não se refere somente ao espaço físico, mas também ao clima criado pelo professor dentro da sala de aula. Para ela, é preciso deixar espaço para que o aluno erre, pois, somente assim, ele não terá medo de aprender.

Outro ponto que a estudiosa frisa como de suma importância é a percepção de que o ensino não deve ser baseado somente na razão. Conforme ela, não há como o aluno se desvincular de suas emoções para aprender. “Aprendemos através dos sentidos. É impossível julgar a informação de forma apenas racional. Nada do que fazemos passa pelo nível racional sem passar pelo emocional”, afirma.

A postura do professor frente aos alunos também tem grande influência junto ao aluno e a seu aprendizado. Segundo Tracey, professores motivados motivam seus pupilos. “A paixão que os professores têm pelo seu campo de ensino é contagiosa. Se o aluno vê que o professor ama o que faz, ele passa gostar mais daquilo. Se um professor de Matemática dá uma aula apaixonada, o aluno vai acreditar que tem de haver algo de bom na Matemática; do contrário, aquele professor não gostaria tanto”, ressalta.

A norte-americana enfatiza a importância da crítica do educador ao estudante, como forma de ele perceber que algo está sendo feito de forma errada. A crítica, porém, não deve ser ostensiva, não deve ser para constranger o aluno. “Elogiar em público e criticar em privado. É assim que se deve fazer”, observa.

Tracey destaca que o aprendizado não deve se restringir somente ao aluno. De acordo com ela, aprender tem de ser um objetivo primordial do educador. “Professores que param de aprender estão na profissão errada. Só se para de aprender quando se morre”, conclui.

3 de agosto de 2011

Peixes comem cada vez mais plástico

http://www.globalgarbage.org

Corsica. © Jan van Franeker/IMARES

Mais de 350 milhões de toneladas de plástico são produzidas por ano no mundo. Cerca de 7 milhões acabam nos oceanos, de acordo com algumas estimativas. Agora, pesquisadores da Universidade da Califórnia, San Diego, descobriram um número aproximado de quanto de plástico os peixes engolem por ano – algo entre 12 mil e 24 mil toneladas, relata o New York Times. Esta descoberta enfatiza um problema que ocorre há décadas. Barato, durável e leve, o plástico é hoje essencial para um sem número de setores da economia. Mas pouco dele é reciclado e termina no ambiente, incluindo o mar, onde gradualmente se fragmenta sem verdadeiramente se biodegradar, até chegar a locais do ecossistema onde não produz mais danos.
A última pesquisa, conduzida pelo Instituto de Oceanografia Scripps da Universidade da Califórnia e apoiado pelo projeto Kaisei, uma ONG ambiental baseada em São Francisco e Hong Kong, e pela Fundação Nacional da Ciência, foi feito em uma expedição oceanográfica em agosto de 2009. Publicada recentemente na Marine Ecology Progress Series, fornece alguns dados concretos sobre um fenômeno que vem sendo difícil de avaliar. Grande parte do plástico descartado se aglomera em ilhas, mas o plástico em desintegração se dispersa em grandes áreas e não pode ser mapeado do ar. Por isso permanecem muitas questões sobre sua quantidade e o efeito a longo prazo sobre a vida marinha.
A equipe de pesquisa, incluindo os autores do estudo, Peter Davison e Rebecca Asch, viajaram por centenas de quilômetros na grande ilha de plástico do Pacífico Norte, coletando espécies de peixes, amostras de águas e detritos desde a superfície até profundezas de mais de mil metros. Apenas 9% dos peixes apanhados durante a expedição tinham pequenos pedaços de plástico em seus estômagos. Julgando a partir deste dado, os pesquisadores estimaram que peixes vivendo em profundezas intermediárias apenas no Pacífico Norte – sem mencionar outros oceanos – engolem até 24 mil toneladas de detritos por ano. Os pesquisadores afirmam que os 9% são uma estimativa baixa, porque as descobertas não refletem os casos em que os peixes regurgitam ou defecam os fragmentos de plástico, ou morrem ao comê-los.
Planeta Sustentável

1º ENCONTRO MUNDIAL DE BLOGUEIROS

Escrevo para informar que já estão abertas as inscrições para o 1º Encontro
Mundial de Blogueiros que acontece nos dias 28, 29 e 30 de Outubro de 2011
em Foz do Iguaçu.

Entre os convidados internacionais estão o francês Ignácio Ramonet, o
espanhol Manuel Castells, a norte-americana Amy Gooldmann, o cubano Iroel
Sanches, o peruano Elvis Moris, o argentino Pedro Bringler, o espanhol
Pascual Serrano, entre outros.

Alguns, dos brasileiros convidados são Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif,
Hidegard Angel, etc.

As inscrições custam R$ 100,00 e podem ser feitas pelo
http://blogueirosdomundo.com.br/inscricao/ e nos próximos dias divulgaremos
a relação de alguns hotéis com preço acessíveis.

Acompanhe outras informações pela nossa página na internet:
http://www.baraodeitarare.com.br/ ou pela página do encontro:
http://www.blogueirosdomundo.com.br/

Até breve.
Danielle Penha
Centro de Estudos Barão de Itararé

2 de agosto de 2011

A FARSA DA DESONERAÇÃO DA FOLHA CAI POR TERRA

   As organizações empresariais passam o tempo todo afirmando que é necessário desonerar a folha de pagamentos - um eufemismo para dizer que os trabalhadores tem que perder direitos para aumentar seus lucros - a fim de que seus produtos se tornem competitivos no âmbito internacional e, assim, possam exportar mais.

      No entanto, quando se acompanham as notícias relativas aos resultados financeiros das empresas, especialmente das grandes, publicados nos diversos jornais, especialmente os dedicados a área econômica como o Jornal do Comércio, verifica-se que  seus lucros crescem sem parar. A cada semestre obtém lucros superiores aos do mesmo semestre do ano anterior. As edições dos últimos dias do referido jornal trazem diversas matérias apontando esse fato com diversas empresas, o que desmente as afirmativas de muitos dirigentes empresariais. O que eles querem não é tornar as empresas mais competitivas mas mais lucrativas. E miram nos direitos dos trabalhadores para que possam acumular mais lucros, mais riqueza e mais poder econômico.

      Nessa mira estão o 13º salário, as férias, a contribuição patronal para a Previdência e outras como o PIS e a COFINS, recursos que sustentam o FAT e o sistema S ( Senai, Senac, Senar ) que significam cursos profissionalizantes para o trapalhador. Querem lucrar mais às custas de  achatar mais os salários e piorar mais a já difcílima situação de sobrevivência da Classe Trabalhadora. E tem gente que afirma ter acabado a LUTA DE CLASSES. E mais, tem parlamentares e dirigentes de partidos de esquerda fazendo esse discurso na ilusão de que isso seja verdade.

O texto abaixo está no blog http://www.arturcut.wordpress.com/ de Artur Henrique, Presidente Nacional da CUT

 

O Brasil tem o mais baixo encargo trabalhista entre 34 países, diz a Fiesp

Entidade patronal se atrapalha e deixa escapar: em dinheiro, o custo do trabalho no País é muito pequeno.

O Brasil tem o mais baixo valor de encargos trabalhistas entre 34 países pesquisados pelo Departamento de Estatística do Trabalho dos EUA (BLS, sigla em inglês). Em dólares, a média brasileira é de US$ 2,70 a hora, enquanto a média das outras 33 nações avaliadas é de US$ 5,80 por hora.

Essa é a conclusão mais evidente trazida por um texto publicado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” neste final de semana. Porém, essa informação, a mais clara de toda a reportagem, vinha apenas no penúltimo parágrafo.

Estranhamente, o título deste texto era “Brasil é o número 1 em encargos trabalhistas”.
Mas o texto não consegue defender a manchete, apesar do esforço.

O Estadão afirma que, segundo compilação feita pela Fiesp a partir de dados do BLS, o peso percentual dos “custos com mão de obra na indústria de transformação brasileira” é de 32,4%, contra a média de 21,4% dos demais.

Não há maiores detalhes sobre quais são esses custos, portanto não há dados amplos sobre qual a base de comparação usada pela Fiesp.

Mas, se esses números estiverem corretos, a diferença brasileira, em dólares, para os outros países, fica ainda mais espantosa. Imaginem, se a nossa carga é percentualmente maior, mas em valores monetários é tão menor, os proventos dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras são muito baixos em comparação com a média dos países industrializados.

Esse fato já conhecíamos, e insistimos nessa informação há muito tempo, como forma de desconstruir o falso discurso conservador de que o trabalho no Brasil é caro e tira competitividade do País. Só que não é sempre que a própria Fiesp deixa um dado como esse à mostra.

Cabe mais reparos ao texto do Estadão. O jornal elenca como “encargos” valores que, na verdade, são complemento salarial. O FGTS, a Previdência Pública e o 13º, citados na reportagem, retornam ao trabalhador – e ao mercado – como complemento salarial, na forma de poupança. Nem de longe são encargos.

Em estudo preparado pela subseção do Dieese na CUT Nacional, tomando como base dados do mesmo Departamento de Estatística dos EUA, referentes a 2008, a diferença do custo de mão de obra é ainda mais gritante. Enquanto na Alemanha é de U$36,07 a hora e nos Estados Unidos de US$ 25, 65, no Brasil a mão de obra/hora é de US$ 6,93 – o recorte do Dieese não mistura alhos com bugalhos e concentra-se na questão salário, daí a diferença e, também, uma chave para compreender a própria contradição dos números divulgados pela Fiesp.

A conjunção desses fatores e dados só reforça a impressão de que os salários no Brasil ainda são baixos. Por serem reduzidos, acabam por exigir complementos como o FGTS e o 13º e, ainda assim, a média em dólar perde de longe para os países que a Fiesp usa como referência.

E tudo a despeito de o real estar sobrevalorizado. Nem assim o valor do trabalho no Brasil chega a se aproximar da média internacional segundo o olhar BLS/Fiesp.

Sem esquecer de um dado fundamental, que precisa ser alardeado até que a elite econômica se convença de que há muito por fazer neste País e que não é retirando do trabalhador que chegaremos no ponto que queremos e desejamos: o índice GINI, usado para medir a concentração de renda, no Brasil atinge 0,56, perdendo apenas para Haiti, Bolívia e Tailândia num grupo de 14 países pesquisados. O GINI, utilizado pela ONU, é tão mais representativo de concentração de renda quanto mais próximo de um.
Se a Fiesp quer cortar custos de seus associados botando o trabalhador como réu, enfrentará novamente nossa resistência.

1 de agosto de 2011

O AMIANTO E EX-FABRICANTES NO BANCO DOS RÉUS

Ex-donos de fábrica de amianto na Itália podem pegar 20 anos de prisão
Famílias de pessoas que morreram na Itália por causa do contato com o amianto pedem justiça.
Famílias de pessoas que morreram na Itália por causa do contato com o amianto pedem justiça.
ANDEVA (Association Nat. de Défense des Victimes de l'Amiante)
Daniela Leiras
 
O maior processo já realizado na Itália para apurar as responsabilidades pela morte de cerca de três mil pessoas vítimas do amianto pede a condenação a penas que vão até 20 anos de prisão para os ex-proprietários e acionistas da multinacional suíça Eternit.
O anúncio do veredito será só no fim do ano, mas as famílias das vítimas do amianto no norte da Itália comemoram esta primeira decisão do Tribunal de Turim, anunciada nesta segunda-feira. O bilionário suíço Stephan Schmidheiny, ex-proprietário da Eternit Itália, e o belga Jean-Louis Marie Ghislain de Cartier de Marchienne, ex-sócio da empresa, são acusados de ter provocado uma catástrofe ambiental, de violar normas de segurança do trabalho e de ter causado, através da atividade da usina, a morte de cerca de três mil pessoas.

As vítimas não eram apenas funcionários, mas também moradores do entorno da fábrica italiana, que faliu em 1986 após 80 anos de funcionamento. O símbolo dessa luta na Justiça é a italiana Romana Blasotti, que perdeu marido, irmão, filhos, netos e amigos, todos expostos ao amianto. Esta fibra de origem mineral é usada principalmente em materiais de construção, como telhas e pisos, por ser barata e resistente ao calor. A substância pode provocar doenças pulmonares e alguns tipos de câncer.

No início da década de 90, o amianto foi banido da Itália e é proibido em outros 50 países. O mineral ainda é utilizado no Brasil, terceiro maior produtor e exportador mundial do amianto. Inclusive o empresário suíço que está sendo acusado na Itália já esteve à frente da Eternit do Brasil.
A Organização Internacional do Trabalho estima que cem mil trabalhadores morram por ano devido a doenças relacionadas ao amianto.

31 de julho de 2011

Fatura da privatização
assusta população
de Uruguaiana

Esta matéria pode ser encontrada em www.ptsul.com.br em 29.07.11
Foto:
Um mês após a privatização do abastecimento de água e do serviço de esgoto, Um mês após a privatização do abastecimento de água e do serviço de esgoto, os moradores de Uruguaiana levaram um susto. A maioria das contas sofreu aumento, contrariando as promessas de redução da tarifa, feitas pela prefeitura e da empresa Foz do Brasil.
As reclamações dos usuários foram parar na imprensa local. O jornal A Cidade publicou matéria em que revela a insatisfação dos moradores e o caso de um cliente que gastou apenas um metro cúbico de água e teve que pagar R$ 33,00.
Essa é a demonstração prática do equívoco de prefeitos que desejam abandonar a Corsan e privatizar os serviços de abastecimento de água e de tratamento de esgoto em seus municípios.
Foto:
Aumento da tarifa: foi assim em
todos os lugares que privatizaram
Em meio à batalha judicial travada entre a prefeitura de Uruguaiana e a Corsan pela concessão dos serviços de água e esgoto, ao longo do primeiro semestre deste ano, o presidente da estatal avisou que a população pobre pagaria o preço da privatização. Com base em estudo realizado pela Diretoria Comercial da empresa, Arnaldo Dutra advertiu que a maioria dos usuários teria aumento em suas contas. Projetou, ainda, que a tarifa cobrada pela Foz do Brasil só ficaria mais baixa a partir de um consumo de 24m³ ao mês. Isto é, não serão beneficiados os cidadãos de menor consumo - da categoria social.
Cerca de 77% das economias residenciais pagarão mais do que pagavam à Corsan. Isso porque a estatal pratica a tarifa de consumo, ou seja, cobra de cada família um valor fixo a título de serviço básico, mais o consumo real medido.
Já para a Foz do Brasil, vale a chamada “demanda mínima”, isto é, todos pagam 10 m³ de água por mês mesmo que não consumam nada. Além disso, têm que pagar também pelo esgoto, que corresponde a 70% do valor mínimo.
Para se ter uma ideia da diferença, a tarifa residencial mínima cobrada pela Corsan é de R$ 6,07. Já o valor mínimo cobrado pela Foz do Brasil em Uruguaiana é de R$ 30,26.
Municípios sem recursos públicos da União
Os prejuízos da privatização para o povo não se restringem ao aumento da conta. Segundo Dutra, as prefeituras que optarem pelo rompimento com a Corsan não poderão receber recursos provenientes do Orçamento Geral da União, que só podem ser repassados para as cidades que mantêm a concessão gerida por empresa pública. Foi o que aconteceu no ano passado, quando a prefeitura de Uruguaiana deixou de receber cerca de R$ 64 milhões a fundo perdido, por estar sem contrato com a estatal. Esse valor teria permitido elevar, em dois anos, o percentual de atendimento com esgotamento sanitário no município de 23% para 60%.

Quem é a empresa Foz do Brasil
A Foz do Brasil é uma empresa de engenharia ambiental da Organização Odebrecht. Entrou no mercado em 1994, quando, em associação com a empresa francesa Lyonnaise dês Eaux, conquistou a primeira concessão de água e esgoto no Brasil na cidade de Limeira (SP). Atualmente, atende 4,7 milhões de pessoas no País.
Depois de uma batalha judicial envolvendo a prefeitura de Uruguaiana e a Corsan, a empresa assumiu no mês passado o serviço de abastecimento e esgotamento sanitário no município por 30 anos. Prometeu reduzir preços, implantar o atendimento personalizado ao usuário e universalizar os serviços de esgoto em cinco anos. Para isso, conta com uma estação de tratamento recém-inaugurada pela Corsan. A obra deverá tratar 50% do esgoto produzido pela cidade. Hoje, Uruguaiana tem um índice de esgotamento sanitário de 23%, bem superior à média gaúcha, que fica em torno de 15%.
Investimentos e mudança na Constituição,
a receita para frear a privatização

Foto:
Localizado sobre parte do maior manancial de água doce subterrânea do mundo (Aquífero Guarani), o Rio Grande do Sul está na mira dos grandes grupos econômicos que ambicionam explorar os serviços de água e saneamento. Nos últimos anos, prefeituras gaúchas têm resistido a renovar os contratos com a Corsan, cedendo ao canto da sereia de empresas privadas que prometem reduzir tarifas e ampliar o atendimento.
A experiência, no entanto, mostra que o encanto da privatização dura pouco. Tão logo assumem o serviço, as empresas elevam as tarifas e penalizam, especialmente a população pobre. No caso do Rio Grande do Sul, acabam sacrificando também os pequenos municípios, cujo abastecimento é financiado pelo “subsídio cruzado” praticado pela Corsan.
Ouça aqui à entrevista do diretor de Expansão da Corsan, Alexandre Stolte
Para estancar no início a configuração de uma tendência privatizante, a estatal aposta na ampliação dos investimentos, especialmente na área do esgotamento sanitário e na qualificação da gestão. Embalada pelo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, a companhia pretende investir de R$ 3 bilhões nos próximos quatro anos para aumentar de 15% para 30% o percentual de tratamento de esgoto no estado. 
Na Assembleia Legislativa, a bancada do PT trabalha para evitar que o processo de privatização se alastre e a água vire objeto de negócios. Uma Proposta de Emenda Constitucional, apresentada pelo deputado Luís Fernando Schmidt, pretende manter o fornecimento de água e os serviços de saneamento ambiental sob controle público. A chamada PEC da Água, que já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, determina que os serviços de saneamento básico serão prestados por empresas públicas ou de economia mista sob o controle do poder público estadual ou municipal. Estabelece também que o Estado ou o Município deverá deter, no mínimo, 51% do capital votante e 51% do capital social destas empresas, proibindo a delegação de gestão a empresas privadas.
Para aprová-la, são necessários 33 votos. Na avaliação da bancada, isso é imprescindível para que o Rio Grande do Sul consiga universalizar os serviços. Para que isso aconteça, serão necessários R$ 10 bilhões.
Assista aqui à entrevista com o líder do PT
na Assembleia, deputado Daniel Bordignon



Experiências Internacionais
O caso Cochabamba

Em 2000, a cidade boliviana de Cochabamba privatizou o abastecimento de água e o precário sistema de esgoto. Antes de implantar um metro de rede, aumentou a tarifa em até 300% e tomou dos agricultores o sistema de irrigação que usavam há séculos.
 A população reagiu e garantiu a retomada do controle público da água. No artigo “
Bolívia, o país que quer existir”, o escritor uruguaio Eduardo  Galeano analisa o episódio, os efeitos da privatização e os interesses econômicos envolvidos. Leia aqui.

Participação popular é marca do RS



Várias ferramentas estão trabalhando para fortalecer uma das características do nosso Estado – a participação popular. Sob o comando da Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, o governo Tarso, através do PROREDES, monta o Plano Plurianual – PPA*- com a participação aberta de todos os gaúchos, através de entidades, instituições ou individualmente. Em setembro, a peça orçamentária, que leva a assinatura do povo gaúcho, chegará a Assembleia Legislativa. Leia nesta edição do Boletim Informativo do PT/RS um resumo deste trabalho.
A participação popular desde 1989, quando a Frente Popular assume a Prefeitura e instala o OP na capital dos gaúchos, faz parte da história do Rio Grande. Ela já teve e tem diversas formas, o Orçamento Participativo de Olívio Dutra; os Coredes de Alceu Collares; a consulta popular aplicada nos últimos governos – governos sem tradição em democracia participativa, mas que foram constrangidos pelas forças democráticas do Estado a manter a participação popular ainda que com formato restrito.
Esta marca do Rio Grande já se espraiou para outros estados do Brasil, como Bahia, Ceará e Pernambuco; na Europa, com o OP aplicado em várias regiões da França, Inglaterra, Itália e Espanha e na América Latina, nos países vizinhos da Argentina e Uruguai.
GOVERNO TARSO
O governo Tarso Genro procurou unificar todas estas experiências através do PROREDES – Programa de Retomada do Crescimento que tem como principal ferramenta “escutar o povo gaúcho” – através da sociedade organizada e da participação individual – para levantar áreas e apontar programas para a construção do Plano Plurianual para os próximos 4 anos. A construção do PPA Participativo é coordenada pela Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã com João Motta com apoio do Departamento de Participação Cidadã, com a direção Davi Schmidt e equipe.
PROREDES
O Proredes está estruturado em várias etapas.
A primeira começou, em março, com os seminários regionais, foram nove seminários em macrorregiões do estado, nas cidades de Caxias do Sul, Rio Grande, Osório, Santa Cruz do Sul, Santana do Livramento, Santa Maria, Santa Rosa, Passo Fundo e Canoas, envolvendo 6 mil lideranças, 350 instituições que deixaram registradas mais de 10 mil manifestações que definiram programas e ações prioritários para o investimento dos recursos públicos.
A segunda etapa foi realizada nos fóruns regionais reuniram os delegados que foram escolhidos durante as assembleias municipais da Participação, para definir os projetos que vão à Votação de Prioridades em cada região. Sendo assim, cada região pode definir uma relação de 10 a 20 projetos encaminhados pelas assembleias municipais, para integrar a cédula de votação.
As áreas da Saúde, Educação e Segurança Pública são as prioridades para os gaúchos. Já a área de Habitação e Saneamento está em quarto lugar, escolhida como prioritária em 26 regiões.
A próxima etapa, segundo calendário de atividades, será o processo de votação que acontece em todo o estado no dia 10 de agosto, e terá 28 listagens diferentes de projetos, discutidos nas 28 regiões dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes).
VOTAÇÃO: – cada eleitor poderá votar em até quatro projetos, através de cédula de papel. Os mais votados serão contemplados na elaboração do Orçamento Estadual 2012, que tem de ser entregue à Assembleia Legislativa até setembro.
As etapas de construção em torno da votação das prioridades segue com o Fórum Estadual da Participação Popular e Cidadã no período de 20/08 a 30/08 e com a Entrega da Proposta de orçamento 2012 na Assembleia Legislativa em 15 de setembro de 2011.
(*) O PPA é um plano de Governo que orienta a criação e a execução das políticas públicas para tratar do desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul. Ele também define a orientação estratégica do Governo, as prioridades e as metas consensualizadas com a sociedade para este período de quatro anos. Por isso, terá a contribuição da população e das entidades representativas.