25 de julho de 2011

ISSO EXIGIRÁ MAIS DE 2 BILHÕES DE TONELADAS DE CARVÃO POR ANO

A Peabody Energy (NYSE: BTU) e o governo da Região Autônoma Uyghur de Xinjiang assinaram hoje um acordo estrutural para dar início ao desenvolvimento de uma mina a céu aberto de última geração de 50 milhões de toneladas por ano

( esta matéria está na página 09 do Segundo Caderno do Jornal do Comércio de 21/07/2011 e é óima para uma reflexão sobre a problemática do desenvolvimento e a  do Meio Ambiente. É necessário que saibamos articulá-las.)

XINJIANG, China 14 de julho de 2011 /PRNewswire/ -- A Peabody Energy (NYSE: BTU) e o governo da Região Autônoma Uyghur de Xinjiang assinaram hoje um acordo estrutural para dar início ao desenvolvimento de uma mina a céu aberto de última geração de 50 milhões de toneladas por ano, que estará em operação por diversas décadas.

O acordo foi assinado hoje durante uma cerimônia em Urumqi, a capital de Xinjiang, com o Presidente do Conselho e Executivo-Chefe da Peabody Gregory H. Boyce, o Vice-Presidente Sênior da Peabody Fredrick D. Palmer, o Presidente da Peabody para a Ásia Zhenchun Shi e altos representantes do governo de Xinjiang. Os membros do Partido envolvidos na criação do acordo incluíram o Secretário do Partido Zhang Chunxian, o Governador Nuer Baikeli e o Vice-Governador Kurexi Maihasuti.

"A Peabody está honrada em trabalhar com o Governo de Xinjiang para levar adiante uma mina a céu aberto de grande escala e de classe mundial neste mercado de carvão que é o maior e de crescimento mais rápido de todo o mundo", disse Boyce. "Juntos poderemos liberar o total benefício dos vastos recursos energéticos de Xinjiang para fornecer energia essencial e beneficiar a região através da criação de empregos, desenvolvimento econômico e responsabilidade social".

"Esperamos sinceramente que a Peabody, através de sua aplicação das técnicas mais avançadas de mineração de todo o mundo, seus sistemas de gestão e padrões de proteção e segurança ambiental, desenvolva este programa de cooperação para se tornar a principal e mais moderna mina de carvão da China e mesmo de todo o mundo", disse o Governador Baikeli. "O Comitê Regional de Xinjiang do Partido Comunista da China e o Governo do Povo de Xinjiang darão apoio completo ao desenvolvimento da Peabody em Xinjiang para que o programa de cooperação seja logo iniciado, o que acreditamos irá gerar os melhores retornos possíveis para ambos os lados".

Conforme os termos do acordo, a Peabody irá construir, gerenciar e operar a mina, que será uma das maiores minas a céu aberto da China, usando as melhores práticas de segurança, treinamento, produtividade, recuperação de recursos, padrões ambientais e restauração de terrenos.

A Região de Xinjiang é a maior região administrativa da China com vastas reservas de carvão, as quais estima-se representarem aproximadamente 40 por cento das reservas da China. O governo espera que a produção de carvão de Xinjiang aumente de aproximadamente 100 milhões de toneladas em 2010 para mais de 1 bilhão de toneladas.

Uma nova conexão ferroviária está sendo construída e deverá estar em funcionamento até 2013, abrindo ainda mais esta região para os mercados de energia de crescimento rápido da China.

Nos próximos meses, a Peabody, em colaboração com o Governo de Xinjiang, irá realizar análises geológicas, de engenharia e ambientais para selecionar o local definitivo para a instalação. O Governo de Xinjiang se comprometeu a acelerar a alocação dos principais recursos para o carvão para o projeto.

A China é a economia de crescimento mais rápido de todo o mundo e o maior consumidor mundial de energia. Estima-se que o país produza 600 gigawatts de eletricidade gerada por carvão até 2035, conforme a Agência Internacional de Energia (International Energy Agency), e isso exigirá de mais de 2 bilhões de toneladas de carvão por ano. Somente este ano, a China deverá aumentar sua capacidade de força gerada por carvão em 50 gigawatts, representando uso adicional anual de várias centenas de milhões de toneladas de carvão.

A Peabody Energy é a maior companhia de carvão do setor privado de todo o mundo e uma líder global em soluções limpas para o carvão. Com vendas em 2010 de 246 milhões de toneladas e quase US$ 7 bilhões de receitas, a Peabody fornece combustível para 10 por cento da força elétrica dos Estados Unidos e 2 por cento da eletricidade de todo o mundo.

Certas declarações neste comunicado à imprensa são declarações prospectivas conforme definição na Lei de Reforma de Litígios de Títulos Privados (Private Securities Litigation Reform Act) de 1995. Estas declarações prospectivas são baseadas em diversas suposições as quais a companhia acredita serem razoáveis, mas que estão abertas à uma vasta série de incertezas e riscos de negócios que podem fazer com que os resultados reais sejam materialmente diferentes das expectativas. Estes fatores são difíceis de predizer com precisão e podem estar além do controle da companhia. A companhia não assume a responsabilidade de atualizar suas declarações prospectivas. Os fatores que poderiam afetar os resultados incluem aqueles descritos neste comunicado à imprensa, bem como outros riscos detalhados nos relatórios da companhia, arquivados junto a Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio dos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission).

24 de julho de 2011

                                 “ÁGUA COMO BEM ESSENCIAL À VIDA”

                                PROJETO DE EMENDA CONSTITUCIONAL

Caro(a) companheiro(a) Prefeito(a), Vice-Prefeito(a) e Vereador(a):

Tendo em vista a campanha realizada pela direção da FAMURS, através de abaixo-assinado enviado aos deputados e deputadas da Assembleia Legislativa, em oposição ao Projeto de Emenda Constitucional nº 206/2011, de autoria do deputado Luis Fernando Schmidt e mais 24 deputados, a Comissão Executiva Estadual do PT/RS informa aos companheiros (as) o seguinte:

1. A PEC em causa é expressão da política do PT em defesa da água como bem essencial à vida e como um produto que não pode ser tratado como mercadoria. Esta é uma posição partidária e que deve ser observada por todos os nossos Prefeitos (as) e Vice-Prefeitos(as). A PEC, diferentemente do que diz a nota da FAMURS, não retira o poder concedente do município sobre esse serviço essencial – garantido pela Constituição Federal – mas legisla sobre a água como bem natural e essencial à vida que é algo sobre o que a Assembleia Legislativa tem o pleno direito de legislar.
Além disso, a PEC em causa garante aos municípios, como já faz a Constituição Federal, o exercício direto desse serviço público, através de empresa pública municipal ou através de empresa de economia mista com controle acionário público municipal.

2. É evidente que a PEC é polêmica e terá oposição. Mas tem plena constitucionalidade e é a posição do nosso e de outros Partidos na Assembleia Legislativa. Essa luta e outras é que nos distingue como Partido e visão diferenciada sobre a administração pública e o papel do Estado. Não concordamos com a privatização desses serviços, pois a água não é uma mercadoria, nem um bem destinado ao lucro e à acumulação privada. É um bem público, essencial à vida e assim deve ser compreendido e defendido pelos nossos governos.

3. Hoje somos governo do Estado e, portanto, pela defesa e boa gestão das empresas públicas estaduais, entre elas a CORSAN. Se já defendíamos isso antes, mais agora que somos governo. Nossa obrigação é defender a empresa pública, torná-la eficiente e capaz de cumprir seus contratos e, principalmente, garantir a 100% dos gaúchos esse serviço público essencial à saúde e à vida de todos nós.

4. Assim, reafirmamos aos companheiros(as) Prefeitos(as), Vice-Prefeitos(as) e Vereadores (as) que a defesa da PEC 206/2011 e da CORSAN é uma política programática partidária petista ratificada em suas instâncias diretivas no Estado e por nosso governo estadual através da gestão Tarso Genro e da direção da CORSAN. Estamos, portanto, diante de um compromisso programático assumido perante a opinião pública e expresso na campanha eleitoral e em plena consonância com a concepção estratégica e programática do nosso Partido.

Por fim, orientamos os companheiros(as) no exercício dos mandatos executivos e parlamentares a defenderem e praticarem essa política em seus municípios e não assinarem notas contraditórias com essas posições ou com manifestações que não expressam, exatamente, as matérias legais em tramitação na Assembleia Legislativa. Da mesma forma, sugerimos aos vereadores(as) e prefeitos(a) que tomem a iniciativa de apresentar no Legislativo Municipal proposta de emenda às respectivas Leis Orgânicas, a exemplo do que já fez Porto Alegre, conforme artigo 225 de sua Lei Orgânica.

Porto Alegre, 06 de Julho de 2011.

Raul Pont – Presidente Estadual do PT/RS
Comissão Executiva Estadual PT/RS