25 de junho de 2011

MEIO AMBIENTE, UM ALERTA CONTUNDENTE II


               Sexta extinção em massa

Agência FAPESP – Estima-se que cerca de 4 bilhões de espécies tenham vivido na Terra. Desse total que evoluiu no Planeta nos últimos 3,5 bilhões de anos, nada menos do que 99% deixaram de existir.

O número pode impressionar, mas não envolve nada anormal e demonstra como a extinção de espécies é algo comum e equilibrado pela própria especiação, o processo evolutivo pelo qual as espécies se formam. Eventualmente, esse balanço deixa de existir quando as taxas de extinção se elevam. Em alguns momentos, cinco para ser exato, as taxas são tão altas que o episódio se caracteriza como uma extinção em massa.

Após as extinções em massa nos períodos Ordoviciano, Devoniano, Permiano, Triássico e Cretáceo – quando os dinossauros, entre outros, foram extintos –, cientistas apontam que a Terra pode estar se aproximando de um novo episódio do tipo.

Em artigo publicado na edição desta quinta-feira (3/3) da revista Nature, um grupo de cientistas de instituições dos Estados Unidos levanta a questão de uma eventual sexta extinção em massa. O artigo tem entre seus autores o brasileiro Tiago Quental, que durante a produção do estudo estava no Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia e desde fevereiro é professor doutor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.

“Paleontólogos caracterizam como extinções em massa os episódios em que a Terra perde mais de três quartos de suas espécies em um intervalo geológico curto, como ocorreu apenas cinco vezes nos últimos 540 milhões de anos. Biólogos agora sugerem que uma sexta extinção em massa possa estar ocorrendo, por conta das perdas de espécies conhecidas nos últimos séculos e milênios”, disseram os autores.

O estudo analisou como as diferenças entre dados modernos e obtidos a partir de fósseis e a influência de novas informações paleontológicas influenciam o conhecimento a respeito da crise de extinção atual.

“Os resultados confirmam que as taxas de extinção atuais são mais elevadas do que se esperaria a partir [da análise] dos registros fósseis, destacando a importância de medidas efetivas de conservação”, afirmaram. Como exemplo, citam que, nos últimos 500 anos, das 5,5 mil espécies de mamíferos conhecidas pelo menos 80 deixaram de existir.

“Se olharmos para os animais em perigo crítico de extinção – aqueles em que o risco de extinção é de pelo menos 50% em três gerações ou menos – e assumirmos que seu tempo acabará e que eles sumirão em mil anos, por exemplo, isso nos coloca claramente fora do que poderíamos considerar como normal e nos alerta que estamos nos movendo para o domínio da extinção em massa”, disse Anthony Barnosky, curador do Museu de Paleontologia e professor da Universidade da Califórnia em Berkeley, principal autor do estudo.

“Se as espécies atualmente ameaçadas – aquelas classificadas oficialmente como em risco crítico, em risco ou vulneráveis – realmente se extinguirem, e se essa taxa de extinção continuar, a sexta extinção em massa poderá chegar tão cedo quanto de três a 22 séculos”, disse.

Entretanto, segundo os autores do estudo, não é tarde demais para salvar muitas das espécies em risco de modo a que o mundo não ultrapasse o ponto em retorno rumo à nova extinção em massa.

“Ainda temos muita biota da Terra para salvar. É muito importante que direcionemos recursos e legislação para a conservação de espécies se não quisermos nos tornar a espécie cuja atividade causou uma extinção em massa”, afirmou.

O artigo Has the Earth’s sixth mass extinction already arrived? (doi:10.1038/nature09678), de Anthony Barnosky e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

MEIO AMBIENTE, UM ALERTA CONTUNDENTE I

 

Vida nos oceanos pode enfrentar extinção sem precedentes, diz estudo

Este alerta está publicado em http://www.globalgarbage.org/, em 20/06/2011. Combine-se  o resultado dessa pesquisa com o que os latifundiários, madeireiros , papeleiras,, grandes produtores de cana e soja querem fazer com o Código Florestal Brasileiro, que será uma porteira escancarada para outras ações predatórias, e teremos uma sombria visão do futuro. Se é que ainda haverá futuro.

@ Wolcott Henry 2005/Marine Photobank

Richard Black
Da BBC News
Um novo estudo indica que os ecossistemas marinhos enfrentam perigos ainda maiores do que os estimados até agora pelos cientistas e que correm o risco de entrar em uma fase de extinção de espécies sem precedentes na história da humanidade.
O levantamento foi feito realizado por especialistas que integram o Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês), uma entidade formada por cientistas e outros especialistas no assunto.
Eles concluíram que fatores como a pesca excessiva, a poluição e as mudanças climáticas estão agindo em conjunto de uma forma que não havia sido antecipada.
A pesquisa reuniu especialistas de diferentes disciplinas, incluindo ambientalistas com especialização em recifes de corais, toxicologistas e cientistas especializados em pesca.
‘‘As conclusões são chocantes. Estamos vendo mudanças que estão acontecendo mais rápido do que estávamos esperando e de formas que não esperávamos que fossem acontecer por centenas de anos’’, disse Alex Rogers, diretor científico do IPSO e professor da Universidade de Oxford.
Plástico
Entre as mudanças que estão ocorrendo antes do esperado estão o derretimento da camada de gelo no Ártico, na Groenlândia e na Antártida, o aumento do nível dos oceanos e liberação de metano no leito do mar.
O estudo observou também que existem efeitos em cadeia provocados pela ação de diferentes poluentes.
A pesquisa observou, por exemplo, que alguns poluentes permanecem nos oceanos por estarem presos a pequenas partículas de plástico que foram parar no leito do oceano.
Com isso, há um aumento também do poluentes que são consumidos por peixes que vivem no fundo do mar.
Partículas de plástico são responsáveis também por transportar algas de parte a parte, contribuindo para a proliferação de algas tóxicas, o que também é provocado pelo influxo para os oceanos de nutrientes e poluentes provenientes de áreas agrícolas.
O estudo descreveu ainda como a acidificação do oceano, o aquecimento global e a poluição estando agindo de forma conjunta para aumentar as ameaças aos recifes de corais, tanto que 75% dos corais mundiais correm o risco de sofrer um severo declínio.
Ciclos
A vida na Terra já enfrentou cinco ”ciclos de extinção em massa” causados por eventos como o impacto de asteróides e muitos cientistas que o impacto de diferentes ações exercidas pelo homem poderá contribuir para um sexto ciclo.
”Ainda contamos com boa parte da biodiversidade mundial, mas o ritmo atual da extinção é muito mais alto (do que no passado) e o que estamos enfrentando é, certamente, um evento de extinção global significativa”, afirma o professor Alex Rogers.
O relatório observa ainda que eventos anteriores de extinção em massa tiveram ligação com tendências que estão ocorrendo atualmente, como distúrbios no ciclo de carbono, acidificação e baixa concentração de oxigênio na água.
Os níveis de CO2 que estão sendo absorvidos pelos oceanos já são bem mais altos que aqueles registrados durante a grande extinção de espécies marinhas que ocorreu há 55 milhões de anos, afirma a pesquisa.
Entre as medidas que o estudo aconselha sejam tomadas imediatamente estão o fim da pesca predatória, especialmente em alto mar, onde, atualmente há pouca regulamentação; mapear e depois reduzir a quantidade de poluentes, como plásticos, fertilizantes agrícolas e detritos humanos; e reduzir de forma acentuada os gases do efeito estufa.
As conclusões do relatório serão apresentadas na sede da ONU, em Nova York, nesta semana, durante um encontro de representantes governamentais sobre reformas na maneira de gerenciar os oceanos.

24 de junho de 2011

GAÚCHAS E GAÚCHOS COMEÇAM A DECIDIR ORÇAMENTO ESTADUAL DE 2012

AUDIÊNCIA PÚBLICA REGIONAL DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DA REGIÃO DA CAMPANHA


Dia 22 de junho último, terça-feira, com início às 20 horas, realizou-se, na Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul, a Audiência Pública Regional do Orçamento Participativo da Região da Campanha. Com a presença de cerca de 300 cidadãs e cidadãos de Aceguá, Bagé, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra e Lavras do Sul foram debatidos temas de interesse regional que, na nova nomenclatura do processo de participção, são denominados ÁREAS. Das 24 Áreas de que se compõe, atualmente, a estrutura do Governo Estadual, pelas regras do OP, deste ano, as regiões podem escolher até dez.

Candiota compareceu com uma delegação de 26 pessoas, dentre as quais o Prefeito Luiz Carlos Folador, o Vereador João Couto, os Secretários Artêmio Parcianello, João Roberto Silva da Costa e Aroldo Quintana , o Chefe de Gabinete do Prefeito, Dorval Renato Cunha , a Assessora da Secretaria de Ação Social Onice Pereira e a representante do Programa Brasil Local Solange de Abreu. Prestigiaram o ato, também, os prefeitos de Caçapava do Sul e de Bagé.

Nesta Audiência Pública foram escolhidas, pelos presentes, as seguintes Áreas, como prioritárias, para a Região da Campanha:

1 - Desenvolvimento e Promoção do Investimento;
2 - Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo;
3 - Infraestrutura e Logística;
4 - Educação;
5 - Saúde;
6 - Obras Públicas,Irrigação e Desenvolvimento Urbano;
7 - Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico;
8 - Habitação e Saneamento;
9 - Segurança Pública e
10 - Trabalho e Desenvolvimento Social.

 Entre os dias 11 e 20 de julho próximo serão realizadas, nas regiões, reuniões dos Fóruns Regionais de Participação Popular e Cidadã - formados pelos delegados eleitos nas assembleias municipais, mais os conselheiros dos Coredes e os do PPA - com a finalidade de hierarquizar as áreas, escolhendo quatro dentre as dez obtidas nas audiências públlcas e hierarquizar as demandas aprovadas nas assembleias municipais.

Também foi eleita uma Coordenação Regional da`Participação Popular e Cidadã formada pelo Coordenador Regional, Mateus Azevedo, pelo Conselheiro Regional Vereador João Couto, pelo Presidente do Corede Campanha João Sérgio Ferreira Machado, pelo Secretário de Educação de Candiota Professor João Roberto Silva da Costa , pelo Secretário de Planejamento de Caçapava do Sul Guilherme Torres Fleck, pelo Presidente e pelo Vice-Presidente do Conselho de Segurança Pública de Bagé Josué Monteiro e Jandir Paim e pelos vereadores Willy Jansen, de Aceguá e Amilcar Loguércio de Hulha Negra, totalizando nove membros.

Participou da coordenação dos trabalhos a ex-deputada Cecília Hipólito, hoje Assessora da Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã.

A Assembleia Municipal de Candiota para a escolha das prioridades municipais será realizada dia 09 de julho. A hora e o local serão divulgados na próxima semana mas é muito importante que todo mundo marque na agenda e se programe para participar.

Das decisões tomadas nessa assembleia dependerão o curso técnico de nível médio da Escola Jerônimo Mércio da Silveira e o asfaltamento do trecho João Emílio/Seival da antiga estrada estadual Rio Grande/ Uruguaiana, verbas para habitação popular, outras melhorias na educação, verbas para a saúde, investimentos em geração de trabaalho e renda, revitalização e fortalecimento da UERGS, fortalecimento da agricultura familiar, do cooperativismo e programas de ação social

22 de junho de 2011

O ALERTA DE EMIR SADER

Blog do Emir Sader, sociólogo e cientista, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP - Universidade de São Paulo. ou em http://www.cartamaior.com.br/
22/06/2011

A rebeldia dos jovens que nos faz tanta falta




Entre tantas frases estimulantes e provocadoras que as rebeliões populares no mundo árabe e agora na Europa, essencialmente protagonizada por jovens, fizeram ecoar pelo mundo afora, a que mais nos incomoda – com toda razão – é aquela que diz: “E quando os jovens saíram às ruas, todos os partidos pareceram velhos.”
Aí nos demos conta – se ainda não tínhamos nos dado – da imensa ausência da juventude na vida política brasileira. O fenômeno é ainda mais contrastante, porque temos governos com enorme apoio popular, que indiscutivelmente tornaram o Brasil um país melhor, menos injusto, elevaram nossa auto estima, resgataram o papel da política e do Estado.
Mas e os jovens nisso tudo? Onde estão? O que pensam do governo Lula e da sua indiscutível liderança? Por que se situaram muito mais com a Marina no primeiro turno do que com a Dilma (mesmo se tivessem votado, em grande medida, nesta no segundo turno, em parte por medo do retrocesso que significava o Serra)?
A idade considerada de juventude é caracterizada pela disponibilidade para os sonhos, as utopias, a rejeição do velho mundo, dos clichês, dos comportamentos vinculados à corrupção, da defesa mesquinha dos pequenos interesses privados. No Brasil tivemos a geração da resistência à ditadura e aquela da transição democrática, seguida pela que resistiu ao neoliberalismo dos anos 90 e que encontrou nos ideais do Fórum Social Mundial de construção do “outro mundo possível” seu espaço privilegiado.
Desde então dois movimentos concorreram para seu esgotamento: o FSM foi se esvaziando, controlado pelas ONGs, que se negaram à construção de alternativas, enquanto governos latino-americanos se puseram concretamente na construção de alternativas ao neoliberalismo; e os partidos de esquerda - incluídos os protagonistas destas novas alternativas na América Latina -, envelheceram, desgastaram suas imagens no tradicional jogo parlamentar e governamental, não souberam renovar-se e hoje estão totalmente distanciados da juventude.
Quando alguém desses partidos tradicionais – mesmo os de esquerda – falam de “politicas para a juventude”, mencionam escolas técnicas, possibilidades de emprego e outras medidas de caráter econômico-social, de cunho objetivo, sem se dar conta que jovem é subjetividade, é sonho, é desafio de assaltar o céu, de construir sociedades de liberdade, de luta pela emancipação de todos.
O governo brasileiro não aquilata os danos que causam a sua imagem diante dos jovens, episódios como a tolerância com a promiscuidade entre interesses privados e públicos de Palocci, ou ter e manter uma ministra da Cultura que, literalmente, odeia a internet, e corta assim qualquer possibilidade de diálogo com a juventude – além de todos os retrocessos nas políticas culturais, que tinham aberto canais concretos de trabalho com a juventude. Não aquilata como a falta de discurso e de diálogo com os jovens distancia o governo das novas gerações. (Com quantos grupos de pessoas da sociedade a Dilma já se reuniu e não se conhece grandes encontros com jovens, por exemplo?)
Perdendo conexão com os jovens, os partidos envelhecem, perdem importância, se burocratizam, buscam a população apenas nos processos eleitorais, perdem dinamismo, criatividade e capacidade de mobilização. E o governo se limita a medidas de caráter econômico e social – que beneficiam também aos jovens, mas nãos os tocam na sua especificidade de jovens. Até pouco tempo, as rádios comunitárias – uma das formas locais de expressão dos jovens das comunidades – não somente não eram incentivadas e apoiadas, como eram – e em parte ainda são – reprimidas.
A presença dos jovens na vida publica está em outro lugar, a que nem os partidos nem o governo chegam: as redes alternativas da internet, que convocaram as marchas da liberdade, da luta pelo direito das “pessoas diferenciadas” em Higienópolis, em São Paulo, nas mobilizações contra as distintas expressões da homofobia, e em tantas outras manifestações, que passam longe dos canais tradicionais dos partidos e do governo.
Mesmo um governo popular como o do Lula não conseguiu convocar idealmente a juventude para a construção do “outro mundo possível”. Um dos seus méritos foi o realismo, o pragmatismo com que conseguiu partir da herança recebida e avançar na construção de alternativas de politica social, de politica externa, de politicas sociais e outras. Os jovens, consultados, provavelmente estarão a favor dessas politicas.
Mas as mentes e os corações dos jovens estão prioritariamente em outros lugares: nas questões ecológicas (em que, mais além de ter razão ou não, o governo tem sistematicamente perdido o debate de idéias na opinião pública), nas liberdades de exercício da diversidade sexual, nas marchas da liberdade, na liberdade de expressão na internet, na descriminalização das drogas leves, nos temas culturais, entre outros temas, que estão longe das prioridades governamentais e partidárias.
Este governo e os partidos populares ainda tem uma oportunidade de retomar diálogos com os jovens, mas para isso tem assumir como prioritários temas como os ecológicos, os culturais, os das redes alternativas, os da libertação nos comportamentos – sexuais, de drogas, entre outros. Tem que se livrar dos estilos não transparentes de comportamento, não podem conciliar nem um minuto com atitudes que violam a ética publica, tem que falar aos jovens, mas acima de tudo ouvi-los, deixá-los falar. Com a consciência de que eles são o futuro do Brasil. Construiremos esse futuro com eles ou será um futuro triste, cinzento, sem a alegria e os sonhos da juventude brasileira.
Postado por Emir Sader às 05:06

21 de junho de 2011

         MORADORES DOS CHALÉS DA VILA OPERÁRIA MOBILIZAM-SE.

Há alguns anos a CGTEE colocou à venda as casas da Vila Operária dentre as quais 80 chalés de madeira, muito antigos, a maioria em muito mau estado de conservação.
A grande maioria das famílias que habitam esses imóveis não tem recursos para comprá-los e não há programas no Sistema Financeiro da Habitação que os financie.
Ministério das Cidades - 28/04/11
Isto criou um dilema que o Vereador João Couto(PT) anda em busca de solução desde o ano passado. Recentemente esteve no Ministério das Cidades, em companhia das vereadoras Giselma Pereira(PT) e Liliane Martins(PMDB) junto a Coordenação de Programas Urbanos, a Coordenação do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e a Coordanação de Regularização Fundiária. Todos foram unânimes em afirmar não haver programas de financiamento para esse tipo de imóvel: muito antigo e de madeira.
Com os novos movimentos da CGTEE para incentivar os moradores a comprar, as 65fsmílias que residem nos chalés e que não tem condições de adquirí-las ficaram bastante preocupadas e angustiadas. Por convite do Gabinete do Vereador João Couto fizeram uma assembleia no CTG Batalha do Seival, no dia 09 de junho passado, à noite, que contou, também, com a presença do Vereador Artêmio Parcianello, Secretário de Obras e Serviços Público e Presidente do Conselho Municipal de Habitação.
Nessa assembleia acertaram pedir a Secretaria Municipal de Ação Social para que fosse feito um levantamento sócio-econômico para demonstrar a situação de necessidade social dessas famílias. Aprovaram a demanda de encaminhar a CGTEE uma proposta de transferência dos 65 chalés nessas condições, mais cinco terrenos desocupados para a Prefeitura Municipal de Candiota com a finalidade de negociar a compra dentro de suas possibilidades financeiras.
Elegeram uma Comissão Representativa constituída por Jesus Elias Acosta Pinheiro, Magda Moraes Alves Branco, Elma Beatriz da Silveira, Terezinha de Jesus Quintana, Gigomar Barbosa Farias e Loiraci Lopes Ferreira. Esta comissão reuniu-se em 14 de junho, terça-feira passada, no Gabinete do Vereador João Couto com a Secretária Municipal de Ação Social, Rejane Bom e a Assistente Social Cibele Costa quando acertaram fazer o levantamento sócio-econômico a partir do dia 21, segunda-feira, na Secretarias de Obras. o que ocorreu.
A partir desse levantamento a Comissão Representativa apresentará  sua proposta ao Prefeito Luiz Carlos Folasdor e, após, ao Presidente da CGTEE, Dr. Sereno Chaise.

19 de junho de 2011

LULA E GRAMSCI NO 2ºBLOGPROG

Gramsci e seu “grito de guerra” ecoam na blogosfera progressista

Salvo engano, o nome de Antonio Gramsci (1891-1937) não foi citado nos debates do 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que ocorre desde sexta-feira (17) em Brasília. Mas um texto escrito há 95 anos pelo revolucionário italiano sintetiza um dos consensos mais cristalizados do movimento pela democratização da mídia.

Por André Cintra

Em Os Jornais e os Operários, de 1916, Gramsci exortava os trabalhadores a romperem todos os laços com a imprensa burguesa. Numa época em que a TV nem sequer existia e o rádio ainda era uma mídia incipiente e experimental — um “telégrafo sem fio” —, o jornal despontava como a principal arma de dominação ideológica do operariado.

“Antes de mais nada, o operário deve negar decididamente qualquer solidariedade com o jornal burguês. Deveria recordar-se sempre, sempre, sempre, que o jornal burguês (qualquer que seja sua cor) é um instrumento de luta movido por ideias e interesses que estão em contraste com os seus”, denunciava Gramsci. “Tudo o que se publica é constantemente influenciado por uma ideia: servir à classe dominante, o que se traduz sem dúvida num fato: combater a classe trabalhadora.”

Daí a conclamação do pensador italiano a que não se iludissem com a “grande imprensa” da época. Mais ainda, que não comprassem nem assinassem os jornais inimigos, para não garantir a viabilidade financeira do empreendimento. “Não contribuam com dinheiro para a imprensa burguesa que vos é adversária. Eis qual deve ser o nosso grito de guerra neste momento, caracterizado pela campanha de assinatura de todos os jornais burgueses: ‘Boicotem, boicotem, boicotem!’”, arrematava Gramsci.

Quase um século depois, os participantes do encontro da blogosfera parecem decididos a não dar tréguas à grande mídia. Já não se trata apenas de jornais. A imprensa burguesa deixou de ser somente impressa e se converteu num gigantesco aparato multimídia, que inclui também grandes emissoras de TV e rádio, revistas (sobretudo as semanais), portais na internet e provedores de conteúdo para dispositivos móveis. Como enfrentar esse centauro midiático — verdadeira aberração da civilização contemporânea?

O “medo de se indispor”
Um dos consensos que já é possível extrair do Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, antes mesmo da plenária final deste domingo (19) — e ainda que não haja uma resolução formal —, é que a luta contra a grande mídia tem de se fortalecer. É preciso, claro, que o governo tome medidas aparentemente mais simples, como alastrar a internet via banda larga. Mas urge, acima de tudo, ter ousadia e coragem para lutar contra o oligopólio que toma conta das comunicações.

Na abertura do encontro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou os “falsos formadores de opinião que já não formam opinião nem na casa deles”. Implicitamente, porém, admitiu que o governo federal, tanto com ele quanto com a presidente Dilma Rousseff, não conseguiu alterar a correlação de forças do setor. Ao salientar que as propostas de marco regulatório “mexem com grandes interesses”, Lula deixou claro que a batalha não está ganha — ao contrário, apenas emergiu.

Com conhecimento de causa, dois outros convidados do encontro — a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) e o ex-ministro José Dirceu (PT-SP) — lembraram, em mesas diferentes, que a maioria dos políticos tem medo de se indispor com a grande mídia. Não é por acaso que a Câmara dos Deputados criou apenas neste ano a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (Frentecom), com mais de mais de cem entidades e sob a coordenação de Erundina. “Já não me sinto tão só”, afirmou a deputada.

35 grupos
Já o jurista Fábio Konder Comparato sustentou que “todos os poderes do Estado, inclusive a mídia, estão nas mãos de oligarquias. Os órgãos e as instituições do Estado brasileiro não têm poder de fato. Eles agem sob pressão dos grupos que efetivamente detêm poder”.

Comparato acredita que o Executivo “cede fácil às cobranças” das grandes redes de comunicação. Para começar a reverter essa lógica, basta que o Congresso regulamente os artigos da Constituição de 1988 sobre o tema — especialmente o que proíbe a existência de oligopólios no setor. São da autoria de Comparato, aliás, as ações diretas de inconstitucionalidade que cobram a regulamentação dessas medidas.

O desafio até lá, é resistir a tais pressões dos 35 grupos que controlam 516 empresas de comunicação do Brasil. Ou, em outras palavras, fazer valer o “grito de guerra” proposto por Gramsci: “Boicote, boicote, boicote” ao oligopólio midiático. Já!

LULA NA ABERTURA DO 2º ENCONTRO NACIONAL DE BLOGUEIROS PROGRESSISTAS

“O povo não precisa mais de intermediário na comunicação” Lula no #2BlogProg

http://www.brasilautogestionario.org/

Posted on June 18, 2011 by luciouberdan
Presidente Lula fez a abertura no dia de ontem (17) do II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, a centralidade de sua fala foi democracia e o papel dos blogueiros na defesa da comunicação, “vocês evitaram que a sociedade brasileira fosse manipulada como durante muito tempo foi”.
* Lula no #2BlogProg, ao centro um microfone da grande mídia.
A chegada já foi cercada de muito emoção, sendo chamado ao palco pelo blogueiro PTrem das 13. Lula abandonou já no início o texto elaborado e falou por mais de trinta minutos de improviso. lembrou da campanha 2010, disse nunca viu uma despolitização tão grande em um pleito eleitoral.
Durante toda sua fala, Lula criticou bastante a grande mídia e a oposição, sobre a campanha 2010, diz que o ápice foi “ovni” que atingiu a cabeça de José Serra, diz que tem vontade as vezes, de pedir para ver a radiografia do exame que Serra fez após o ocorrido. Mas festeja, o povo não acredita mais de olhos fechados no que a grande mídia fala. A internet e os Blogueiros, segundo Lula, tem um papel estratégico nesse contraponto, disse: “O povo não precisa mais de intermediário na comunicação”.
Lula também transcorreu sobre a Lei de Meios e o PNBL, citou bastante a luta que ele, Franklin Marins e César Alvarez fizeram nesses tema, e emendou “Quando vocẽs foram xingados de blogueiros sujos, foram exatamente por quem fez a sujeira”. Abaixo link para o vídeo da fala de Lula.

Lula diz em evento de blogueiros que é preciso fazer da banda larga um direito de todos

http://nogueirajr.blogspot.com/

18
Jun
2011


Daniella Jinkings, Agência Brasil

“O Brasil precisa fazer da banda larga um direito de todos, disse hoje (17) o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que participou da cerimônia de abertura do 2º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas, em Brasília. Segundo ele, o número de computadores e usuários de internet no país ainda não é satisfatório.

“Temos menos computador e gente na internet quanto deveríamos ter, mas estamos no processo de avançar. Estou convencido de que a presidenta [Dilma Rousseff] vai continuar trabalhando com mais força e mais vigor para que consigamos fazer da banda larga um direito de todos, inclusive das pessoas que não têm dinheiro para pagar”.

Para Lula, a internet deveria ser popularizada, principalmente para fins educacionais. De acordo com o ex-presidente, 55 mil escolas públicas urbanas têm computadores com banda larga, bem diferente da situação na área rural. “Estamos em falta com as escolas do campo”, afirmou.

Ovacionado pelos participantes do evento, Lula fez questão de enfatizar a importância que os blogueiros tiveram durante seu governo. “Não vou esquecer nunca o papel que vocês [blogueiros] tiveram na defesa da liberdade de expressão durante os oito anos do meu governo e nas eleições”.

Ao discursar, o ex-presidente disse ainda que os blogueiros evitaram a manipulação da sociedade durante a campanha eleitoral do ano passado. “Não me importo que critiquem o governo, mas me preocupo com as inverdades. Vocês evitaram que a sociedade brasileira fosse manipulada como há muito tempo vinha sendo”.
 
*Carta dos Blogueiros Progressistas do Rio de Janeiro*
3setor@yahoogrupos.com.br

Somos jovens, somos não tão jovens. Somos homens e mulheres, meninas e
meninos. Temos todas as cores, todas as religiões, diferentes crenças
ideológicas, mas apenas um compromisso: liberdade com justiça social. Somos
centenas e não baixamos a cabeça para ninguém. Somos os blogueiros
progressistas do estado do Rio de Janeiro.

No atual estágio da luta de classes, a blogosfera é uma trincheira
fundamental na defesa dos trabalhadores contra a selvageria e crueldade do
capitalismo. Nossos blogs tornaram-se ferramentas de grande utilidade nas
batalhas cotidianas contra as mentiras contadas e recontadas diariamente
pela velha mídia golpista. Milhares de blogs nascem a cada dia, como flores
anunciando a primavera. A cada embuste desferido pelos tradicionais meios de
comunicação, ganha força o ativismo nas redes sociais, temperado no fogo da
luta!

Como na bela canção de Chico Science, percebemos que “nos organizando
podemos desorganizar”. Seguiremos nessa toada enquanto a ditadura da mídia
prosseguir obstruindo um debate político mais livre. Depois disso, outras
frentes de batalha virão, porque a luta pela justiça social é eterna.

Nos dias 6 a 8 de maio deste ano, realizamos o I Encontro Estadual de
Blogueiros Progressistas do Rio de Janeiro. Com a presença de mais de 200
blogueiros de todo o estado (e vários de outras regiões do país) trocamos
experiências, acumulamos debate, confraternizamo-nos
alegremente, manifestamo-nos corajosamente em frente à sede da Rádio CBN - a
rádio que troca a notícia –, e aprovamos a criação da Associação de
Blogueiros do Estado do Rio de Janeiro (ABERJ).

Se você é blogueiro ou simpatizante da blogosfera e se indigna com a
opressão midiática, então você é nosso companheiro.

Blogueiros Progressistas de todo o mundo, uni-vos!

*Entre as propostas aprovadas na assembleia final do I Encontro Estadual de
Blogueiros Progressistas do Rio de Janeiro estão: *
- Apoio a PEC da Banda Larga;
- Defesa da neutralidade da rede;
- Luta pela aprovação do Conselho Estadual de Comunicação;
- Criação do Marco regulatório da comunicação;
- Pela simplificação da regularização das rádios comunitárias;
- Criação da "Associação dos Blogueiros do estado do Rio de Janeiro -
ABERJ";
- Criação de uma linha de publicidade pública para blogs;
- Defender a simplificação dos processos de legalização de rádios
comunitários;
- Moção de solidariedade ao blogueiro Esmael Morais, do Paraná, perseguido
pelo governo daquele estado;
- Moção de solidariedade ao blogueiro carioca Ricardo Gama, que sofreu um
hediondo atentado, no Rio de Janeiro, provavelmente em virtude de suas
denúncias políticas.