19 de dezembro de 2011

OFÍCIO DA BANCADA GAÚCHA DO PT PARA A PRESIDENTE DILMA

A Bancada de Deputados Estaduais do PT enviou a Presidente Dilma Roussef o ofício abaixo, no qual solicita que ela inclua, nos leilões A - 5 , as termoelétricas a carvão mineral. Esse ofício foi-lhe entregue por ocasião de sua vinda a Porto Alegre para  o anúncio da construção da nova ponte sobre o Guaíba e entrega de máquinas do PAC II, no dia 13 de dezembro de 2011 e, ainda, após audiências que tivemos, o Prefeito Folador, Wagner Pinto, Presidente dos Sindicato dos Mineiros de Candiota e eu, em 06 de dezembro, com os Deputados Estaduais do Partido dos Trabalhadores Valdeci Oliveira, Presidente da Frente Parlamentar do Carvão na Assembleia Legislativa, Raul Pont, Presidente Estadual do PT e Adão Villaverde, Presidente da Asembleia Legislativa.

Audiência em 06.12.11 assembleia legislativa

Nessas audiências pedimos uma ação mais efetiva e enérgica do Pasrtido e posicionamento público a favor dessa nossa importantíssima demanda. Na tarde desse dia o Prefeito Folador e o Dep. Villaverde deram  entrevistas para a televisão fazendo a defesa dos leilões A - 5 com o carvão mineral.

 Esse ofício é uma resposta a nossa ação na busca de somar apoios para a concretização dessa luta de milhares de cidadãs e cidadãos cujas vidas estão na dependência da utilização desse mineral para a produção de energia


Folador sanciona lei para regularização fundiária do loteamento da Cootracan
                                                  Foto Felipe Valduga

O ato foi acompanhado por membros do executivo e legislativo municipal e moradores da área a ser atendida.

Autor do anteprojeto de lei, o vereador João Couto explica que, com a medida, a área passa a ser declarada como Zona Especial de Interesse Social (ZEIS). “Com isto, qualquer órgão público passa a ter autorização de executar obras de infraestrutura naquele espaço”, esclareceu.

O trecho em questão fica localizado anexo ao bairro São Simão, à esquerda da rodovia Miguel Arlindo Câmara, no sentido Vila Operária/Dario Lassance, antes da rede ferroviária. Ao todo, a área é composta por 45 mil metros quadrados.
                                                FotoFelipe Valduga
Agora, conforme o coordenador de Regularização Fundiária, Adriano dos Santos, as cerca de 80 famílias que residem na área já poderão se dirigir à repartição municipal – que fica junto ao Centro Administrativo – para a atualização cadastral e de documentos referentes à aquisição da propriedade.

Obras

A partir da instituição da área como ZEIS, também iniciam os processos para a execução de obras estruturais no local. O vereador Couto lembra que, ainda nesta semana, uma comissão deve se reunir com a direção da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). “A meta será o desenvolvimento do projeto de instalação de rede elétrica”, informou.

Por sua vez, de acordo com o secretário de Obras e Serviços Públicos, Artêmio Parcianello, o município dará inicio aos trabalhos para a implantação das redes de abastecimento de água e de saneamento. “Primeiro vamos estruturar os projetos para depois licitar a aquisição dos materiais necessários e, após, executar as obras”, relatou.
O prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, sancionou, na segunda-feira, dia 19, a Lei Municipal nº 1290. A LM autoriza o início dos trabalhos, por parte do poder público municipal, do processo de regularização fundiária do loteamento da Cooperativa Habitacional dos Trabalhadores de Candiota (Cootracan).

18 de dezembro de 2011

Partido


PT lança Campanha Nacional de Filiação

O Partido dos Trabalhadores lança a sua Campanha Nacional de Filiação, ao mesmo tempo em que convoca toda a nação brasileira mobilizar-se pela continuidade da construção de um projeto nacional transformador. “Em toda a parte, as pessoas estão mobilizadas para pedir mudanças, para reivindicar um novo mundo. E o Brasil é o país mais apto para realizar a maior revolução democrática do planeta. Porque, aqui, essa revolução já começou. Milhões de brasileiros melhoraram de vida, nossa economia se tornou a sétima maior do planeta e a imagem do Brasil se fortaleceu como nunca”, diz presidente do PT, Rui Falcão, no hotsite da Campanha.

 
O PT, reconhecido e respeitado como um dos maiores partidos políticos do mundo, sempre soube mobilizar o povo brasileiro nos momentos mais decisivos da sua história. E o resultado está aí: a partir da chegada de Lula à Presidência da República, em 2002, o Brasil tornou-se um modelo mundial de distribuição de renda, de geração de empregos, de combate à fome e de defesa do meio ambiente. E o governo da presidenta Dilma vai continuar e consolidar essa transformação com o apoio da população brasileira.

O PT hoje está organizado em mais de cinco mil municípios, conta com mais de 1,5 milhão de filiados e 60 mil dirigentes em todo o País. Governa cinco estados brasileiros e tem três vice-governadores e elegeu, em 2010, 14 senadores, 88 deputados federais e 149 deputados estaduais. Nas eleições municipais de 2008 foram eleitos 560 prefeitos, 428 vice-prefeitos e 4.166 vereadores petistas.

No seu 4º. Congresso Nacional – Etapa Extraordinária, realizado este ano, o PT avançou ainda mais na consolidação da sua democracia interna e aprovou conquistas como a paridade de gênero e a ampliação da participação dos jovens e representantes da diversidade étnico-racial.

Conheça a campanha no hotsite:http://www.pt.org.br/mobilizebrasil

Por Portal do PT.

E Raul segue vivo na noite nebulosa

http://rsurgente.opsblog.org/

Por Renato Dalto (*)

Aconteceu assim: um candidato fazia um movimento e talvez pensasse em outro, o de compor uma aliança política no lado em que a vitória seria mais fácil. Há muito tempo a idéia de mudar o mundo perdeu para o pragmatismo do assalto ao palácio, mas há coisas que não morrem bem assim. Porque simplesmente estava no meio do palco um sobrevivente de outros tempos, onde era preciso silenciar, resistir aos generais e seguir cultivando sonhos escondidos na gaveta. Mudar o mundo estava na ordem do dia, e ideais não são moeda de troca por vinhos, festas e palácios. Ideais são aquela coisa fora de moda que não se compra, não se vende, não se negocia. Mesmo que tenham que ficar escondidos na gaveta.

Os tempos são outros, nessa época de flexibilizações políticas contorcionistas e termos hipocritamente polidos do politicamente correto. Esqueceu-se fácil demais a dor do choque, do pau de arara, do silêncio e das gerações e pessoas assassinadas. No país de Macunaíma, os projetos vão trocando de cor, lado e dono como se fosse a ordem natural das coisas. Mas a memória, essa arma que atira contra a mesmice, é insistente e teimosa. E salta nela um belo texto de Tabajara Ruas, lembrando então de um uruguaianense alto com jeito de bonachão, que jogava basquete muito bem e circulava com lupa na mão na densidade do marxismo e que um dia sumiu durante a ditadura. Um tempo depois, foi visto sendo largado de um carro, na rua da ladeira no centro de Porto Alegre. Sobreviveu à tortura, estava vivo. Tabajara lembra que, de soslaio, naquela noite, viu Raul na noite fria. E fez daquela imagem um presente da vida.

A vida é essa novela de destino incerto e rumo imprevisível. Vi Raul pela primeira vez num papo informal para estudantes secundaristas do Julinho, paciente e didaticamente trançando no fulgor de nossos sonhos adolescentes os caminhos de uma possível revolução. Eram tempos ainda confusos, de redemocratização e muitas descobertas. Minha irmã tinha estudado filosofia na UFRGS e tudo o que sabia de Marx era apenas o nome, data do nascimento e da morte. Ouvi Raul atentamente com o Manifesto Comunista alojado na bolsa de couro. E desde então essa memória teimosa me persegue, isso de carregar sonhos na mochila, essa insana utopia de achar que o mundo não pode ser um mercado persa, essa mania de nunca esquecer aquela frase bárbara do Capitão Rodrigo: “Pra ajeitar esse mundo, não hai nada melhor que uma guerra”.

As guerras são outras, mas ainda acho que vale carregar convicções na ponta da lança.

 Ultimamente, da minha mirante desse mundão véio sem porteira, vejo um partido que enterrou a revolução junto com os dinossauros cedo demais, vejo senhores engravatados com o olhar brilhando nas rodas burguesas, escuto papos sobre os melhores vinhos nas mesas dos melhores restaurantes e entendo perfeitamente que a pobreza jamais foi virtude revolucionária – desde que esses senhores quisessem essa vida de poder e fausto para todos.

Foi assim que, ao acompanhar pelo noticiário uma disputa que indicaria o candidato do PT à prefeitura de Porto Alegre, vejo Raul de novo surgir na cena da noite nebulosa da política e se lançando como candidato de um partido que, internamente, tinha optado por isso: candidatura própria. Corria nos bastidores que o outro candidato mirava a vice do prefeito-favorito das eleições. Raul entrou no páreo para clarear a disputa e, enfim, fazer com que tudo voltasse ao princípio: candidatura própria não é candidatura laranja. Ao ver a derrota interna, evitando disputas para não rachar o partido, Raul retirou-se do páreo.

Imagino Raul de cabeça erguida, a cancha em silêncio e uma constrangedora vitória adversária com o amargo sabor de um xeque-mate. Na noite fria e nebulosa da política de resultados, Raul Pont aparece vivo, com um luzeiro na mão. No horizonte, o impossível. Mas o luzeiro insiste em não cair da mão.

(*) Jornalista