energia Notícia da edição impressa de 28/12/2011
Às vésperas de atingir 50 anos de operação, no dia 5 de janeiro, a termelétrica Charqueadas verifica uma situação pouco comum entre as mais antigas usinas a carvão no País. O gerente do complexo, Renato Schmidt Barbosa, projeta que, devido aos últimos investimentos em modernização e, consequentemente, redução dos impactos ambientais, não deverá haver dificuldades para a renovação da licença ambiental de operação.
A validade do licenciamento atual se encerra em 2013 e o dirigente não espera problemas quanto à continuidade das atividades, pois a usina está atendendo aos padrões exigidos. A térmica emite, por exemplo, menos de 200 mg/Nm3 de dióxido de enxofre e o limite estipulado para ela é de 400 mg/Nm3. Na década de 2000, lembra Barbosa, foram realizados investimentos em turbinas e em equipamentos para amenizar os impactos ambientais. Nessas ações, a Tractebel (responsável pela estrutura) empregou em torno de R$ 62 milhões. Foram instalados filtros e, para a redução dos óxidos de enxofre, foi construído um dessulfurizador de gases, também conhecido como lavador de gases.
Barbosa informa que as medidas permitiram o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado na década de 1990, que determinava a diminuição dos níveis de emissão atmosférica. "Ela é considerada hoje a térmica a carvão mais limpa do Brasil, com a menor emissão de todas", afirma o gerente. Com isso, ele acredita em uma vida longa para a usina, apesar de suas cinco décadas. Segundo Barbosa, as melhorias implementadas permitem que o complexo opere durante os próximos 20 anos, sem a necessidade de uma nova modernização.
Ele argumenta que a usina gaúcha comprova que é possível gerar energia com carvão, sem maiores danos ambientais. "Acredito que há espaço para a ampliação do uso do carvão e de outros combustíveis fósseis, desde que associado com energias renováveis como a eólica e a biomassa (queima de matéria orgânica)", aponta o dirigente.
A termelétrica Charqueadas tem uma capacidade instalada de 72 MW (cerca de 2% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). Registra, geralmente, uma produção de 30 MW médios mensais, consumindo aproximadamente 30 mil toneladas de carvão ao mês. Eventualmente, durante o verão, com o consumo de eletricidade elevado, ou em momentos de exportação de energia para o Uruguai ou Argentina, a geração da usina aumenta. Hoje, em torno de 250 pessoas trabalham na estrutura.
Termelétrica Charqueadas faz 50 anos e projeta renovar licença
Jefferson Klein
TRACTEBEL/DIVULGAÇÃO/JC
Barbosa diz que Charqueadas é a usina a carvão menos poluente
A validade do licenciamento atual se encerra em 2013 e o dirigente não espera problemas quanto à continuidade das atividades, pois a usina está atendendo aos padrões exigidos. A térmica emite, por exemplo, menos de 200 mg/Nm3 de dióxido de enxofre e o limite estipulado para ela é de 400 mg/Nm3. Na década de 2000, lembra Barbosa, foram realizados investimentos em turbinas e em equipamentos para amenizar os impactos ambientais. Nessas ações, a Tractebel (responsável pela estrutura) empregou em torno de R$ 62 milhões. Foram instalados filtros e, para a redução dos óxidos de enxofre, foi construído um dessulfurizador de gases, também conhecido como lavador de gases.
Barbosa informa que as medidas permitiram o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado na década de 1990, que determinava a diminuição dos níveis de emissão atmosférica. "Ela é considerada hoje a térmica a carvão mais limpa do Brasil, com a menor emissão de todas", afirma o gerente. Com isso, ele acredita em uma vida longa para a usina, apesar de suas cinco décadas. Segundo Barbosa, as melhorias implementadas permitem que o complexo opere durante os próximos 20 anos, sem a necessidade de uma nova modernização.
Ele argumenta que a usina gaúcha comprova que é possível gerar energia com carvão, sem maiores danos ambientais. "Acredito que há espaço para a ampliação do uso do carvão e de outros combustíveis fósseis, desde que associado com energias renováveis como a eólica e a biomassa (queima de matéria orgânica)", aponta o dirigente.
A termelétrica Charqueadas tem uma capacidade instalada de 72 MW (cerca de 2% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). Registra, geralmente, uma produção de 30 MW médios mensais, consumindo aproximadamente 30 mil toneladas de carvão ao mês. Eventualmente, durante o verão, com o consumo de eletricidade elevado, ou em momentos de exportação de energia para o Uruguai ou Argentina, a geração da usina aumenta. Hoje, em torno de 250 pessoas trabalham na estrutura.