11 de janeiro de 2012



Deus e a terra em transe no Estado da seca
Editorial Notícia da edição impressa de 11/01/2012 Jornal do Comércio

É a vida nos campos que nos incomoda e importuna, por vezes, como produtores ou meros humanos com as suas incessantes demandas e não a morte, representada na agropecuária pela seca ou a enchente, que de nada necessita. Mais de 620 mil pessoas foram afetadas pela estiagem que atinge o Rio Grande do Sul desde o fim do ano passado.

 Por conta da seca, 142 municípios decretaram situação de emergência. A estiagem provocou um prejuízo nas lavouras de milho, soja e feijão de cerca de R$ 2 bilhões. O número não inclui os prejuízos no leite e hortifrutigranjeiros. Quando as exportações brasileiras do agronegócio registraram novo recorde em 2011, somando US$ 94,59 bilhões, valor 24% superior ao alcançado em 2010, com US$ 76,4 bilhões, vê-se da importância do setor. A meta do Ministério da Agricultura para 2012 é ultrapassar US$ 100 bilhões.

 Está certo, o tempo e a natureza não podemos dominar.
 Não totalmente. Porém, os instintos nos animais, a razão, o engenho e o talentos dos técnicos são inspirações de revelações que acabam como dons de Deus. De novo, estamos com Deus e a terra em transe no Estado da seca. Não é maldição nem uma das sete pragas do antigo Egito. Tão somente uma mudança que ocorre com vários motivos os quais, grosso modo, os meteorologistas, com o advento dos satélites, conseguem prever. Neste verão estava dito e escrito nos céus, seria de muita seca.

 Mas, qual, o Rio Grande teima em viver da agropecuária mas sem trabalhar para proteger a produção dos campos. Represas, açudes e cisternas são anunciados ano após ano e, aqui e ali, feitos. Falta, entretanto, fazer um planejamento de tal maneira que haja cobertura em todos os quadrantes do Estado. Preferimos, burramente, trabalhar após os problemas. Serviram de lição? Tudo indica que não.

Irrigar lavouras, fazer barragens, prover de água as regiões onde a seca é recorrente não é trabalho deste ou daquele governo. É planejamento do Estado. Tudo o que está sendo dito agora é a repetição monótona do que foi alardeado há anos. O que restou para nós outros? Pastos queimados, lavouras perdidas, gado magro e muito prejuízo. Perdas gerais. Para quem produz, para a economia gaúcha, para quem consome e para os cofres do Tesouro.

Apesar do dito popular segundo o qual as pessoas do campo são mais religiosas que as da cidade, justamente porque na imensidão dos Pampas se vê a obra grandiosa de Deus, os citadinos sofrem com os problemas da agropecuária, às vezes mais que os do campo. Resta aguardar um planejamento sério, para anos. Fora isso continuaremos com os mesmos assuntos conforme os fenômenos, inevitáveis, do tempo nos causem problemas que sabemos que existem e se repetem.

 Afinal, a sólida ciência não consiste em conhecer somente os fatos, os eventos e os fenômenos destacados e solitários. É preciso saber encadeá-los com os seus antecedentes e descortinar os princípios da natureza que os determinam e os fazem operar como partes e elementos de uma harmonia universal. Ou passamos a prevenir ou repetiremos as dificuldades.

8 de janeiro de 2012

ENERGIA PARA A COOTRACAN

Depois de um período de muitas dificuldades para destravar a Cootracan a Coordenação Administrativa chamou eleições. Em assembleia ordinária realizada dia 02 de dezembro passado foi eleita a nova direção.


O peimeiro ato desta nova diretoria foi participar, em 19 de dezembro, no salão de reuniões da Prefeitura, do ato de assinatura pelo Prefeito Luiz Carlos Folador da Lei Municipal 1290/2011, cujo ante-projeto teve a autoria do Vereador João Couto, que declara como Zona Especial de Interesse Social – ZEIS a área de 4,5ha da Cootracan, localizada na Estrada Miguel Arlindo Câmara, junto ao viaduto sobre a via férrea e ao bairro São Simão. A partir dessa declaração as agências governamentais dos tres níveis de governo poderão realizar obras de infraestrutura nesse local e dotá-lo das condições necessárias para habitabilidade. A Prefeitura poderá instalar água potável e fazer a rede de saneamento e a CEEE poderá instalar a rede de energia elétrica

E o primeiro encaminhamento da nova diretoria, ainda em 2011, no dia 28 de dezembro, foi protocolar na Companhia de Energia Elétrica Estadual – CEEE, junto à gerência regional de Bagé, o projeto da rede de energia elétrica para a área. Esse projeto foi elaborado pela equipe técnica da Prefeitura Municipal sob o comando do engenheiro eletricista Gesoni Trindade e foi recebido pelo gerente regional da estatal, engenheiro Mirabeau Borba dos Santos, que recebeu o projeto com muita disposição e afrimou que até meados deste mês, janeiro, poderá apontar quando as obras iniciarão.

Por sua vez o Prefeito Luiz Carlos Folador, ainda por ocasião da sanção da Lei 1290/2011, afirmou que, com a maior brevidade, a Prefeitura Municiapl iniciaria as obras de instalação da água potável.

Reunindo essas informações fica evidente que muito em breve os associados poderão residir nesse local, realizando seu velho sonho da casa própria por meio de sua cooperativa e com o apoio da Administração Folador/Paulo Brum.

Partiiciparam do ato de procolo do projeto da rede de energia na CEEE o Secretário de Obras Vereador Artêmio Parcianello, o Vereador João Couto, Onir Guerreiro dos Santos, Tesoureiro da |Cootracam e o engenheiro Gesoni Trindade, autor do projeto.