18 de outubro de 2011

Comissão “Eu Apoio o Carvão Mineral” define nominata e reafirma propósitos - 17/10/2011


 

                                     SAGA DOS MINEIROS GAÚCHOS

PORTO ALEGRE/RS - A primeira reunião Comissão “Eu Apoio o Carvão Mineral”, realizada dia 17/10, no “Palacinho”, definiu os nomes dos integrantes do grupo de trabalho sugerido pela presidente Dilma ao governador Tarso Genro, dia 14/10,  na presença do sindicalista Oniro Camilo, recebido fora da agenda oficial. De caráter tripartite, a comissão será formada pelos sindicalistas Oniro Camilo (Sindicato dos Mineiros do RS), Wagner Lopes Pinto (Sindicato dos Mineiros de Candiota) e César Faria (Sindicato Nacional da Indústria Extrativa do Carvão Mineral); os vereadores Dedé Tintas, de Butiá, e João Couto, de Candiota, e os prefeitos Miguel Almeida, de Minas do Leão, e Luiz Carlos Folador, de Candiota. Na condição de observador, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre (STICC) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST/RS), Valter Souza, participou da primeira metade da reunião e levou a solidariedade da Central ao movimento.

Os integrantes da comissão recém formada protocolaram ofício na Casa Civil do Governo do Estado, no Palácio Piratini, e aguardam a indicação dos nomes dos representantes do estado e a definição do primeiro encontro do grupo de trabalho. O documento enfatiza que a referida comissão reconhece a necessidade de abordar três pontos que considera fundamentais, a participação nos Leilões A-5, a manutenção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a definição de uma política que contemple o carvão mineral e as respectivas termelétricas.         
Elifas Simas, presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), destacou o trabalho desenvolvido pelo grupo no convencimento do governo federal a respeito da importância na geração térmica. “Agora, são os primeiros passos na efetivação desse projeto, que espero que seja um projeto decenal de aproveitamento do carvão mineral na matriz energética, o que será muito bom para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e também para o Brasil, com geração de emprego e renda”, afirmou.

Wagner Lopes Pinto, presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota,  disse enxergar uma luz, a partir da possibilidade de  colocar o carvão gaúcho e  catarinense na perspectiva da geração de empregos e desenvolvimento. Ele se referiu à modesta presença do carvão mineral na matriz energética brasileira, com apenas 1,2% de participação. O sindicalista considera 5% um índice razoável, “levando-se em conta a utilização média mundial em 42%“. A África do Sul, país que receberá a visita da presidente do Brasil, utiliza o carvão mineral em 93% de sua matriz. 

Miguel Almeida, prefeito de Minas do Leão, lembrou que as propostas que foram à mesa da primeira reunião foram apresentadas no Senado, em audiência pública, mas ainda carecem de solução. “Porém - destacou - surge uma esperança com a sinalização da presidente Dilma, a formação do grupo de trabalho e o pedido dela da apresentação de uma proposta objetiva e viável, em prazo já determinado“.

João Couto, vereador e presidente da Comissão do Carvão da Câmara Municipal de Candiota, revelou a convicção na retirada da “Fase C” do papel, em que está há 23 anos. Couto resgatou o período em que a presidente Dilma foi secretária de Minas e Energia do Governo Olívio Dutra, e trouxe os chineses ao Rio Grande do Sul levando-os até Candiota, pois pretendia fazer uma usina pela CEEE em parceria com eles. Dizendo ser essa a “Fase C”, o vereador apelou à compreensão do fato de a presidente ser pressionada por setores poderosos e também pelos ecologistas. “Não podemos voltar ao tempo da pedra lascada”, alertou, manifestando a crença de que “à medida em que coloquemos as questões com clareza para a presidente, ela vai liberar a construção de outras usinas“, concluiu.

ENTENDA O CASO - Um movimento histórico interrompeu o tráfego da BR-290, nas proximidades da ponte móvel do Lago Guaíba, em Porto Alegre, e provocou audiência extraordinária da presidente Dilma Rousseff e o governador do Estado, Tarso Genro com o presidente do Sindicato dos Mineiros do RS, Oniro Camilo, dia 14/10, no Palácio Piratini, sede do executivo gaúcho. No encontro, Dilma sugeriu a formação de uma comissão tripartite - com representantes dos trabalhadores, empresários e governo – para que seja vencido o impasse criado a partir da exclusão do carvão mineral do leilão A-5 e a extinção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), proposta pela ANEEL, que acarretará uma demissão superior a 24 mil empregos na Região do Baixo Jacuí, no Rio Grande do Sul, e aproximadamente 54 mil postos de trabalho nos três estados do Sul, influenciando diretamente a vida de um contingente ao redor de 200 mil pessoas.
 



FONTE ILHA DA NOTÍCIA

Nenhum comentário:

Postar um comentário