28 de outubro de 2011

O BRASIL É NEGRO

                                                                  Por João Couto


SATIAGRAHA! Ao dar a denominação da doutrina pacifista de Ghandi a uma de suas investigações, o corajoso delegado Protógenes pretendia fazer vingar a verdade. Com a força da verdade Ghandi levou o Povo Indiano a libertar-se do domínio inglês e conquistar a independência de seu país.

O Censo do Ibge de 2010, finalmente, e felizmente, também repoe a verdade, agora em números, pois nossas vistas já mostravam isso. Satiagraha! O BRASIL É NEGRO!

O que mostra o Censo 2010 é que 50,7% de nossa população é AFRODESCENDENTE. ou seja, 96,7 milhões. Brancos são 47,7%, isto é, 91 milhões. Amarelos 1,1% ou 2 milhões e indígenas 0,4%, que soma 817,9 mil.Podemos obter essas e muitas outras informações sobre a população brasileira em www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default_sinopse.shtm.

A força da verdade finalmente triunfou graças ao surgimento de inúmeros movimentos anti-racistas, especialmente ao longo dos anos oitenta, que, com muita coragem, enfrentaram todas as dificuldades imagináveis, num País que se julgava branco e é tremendamente preconceituoso. Este bárbaro sentimento fez com que muitos afrodescendentes registrassem seus filhos como brancos, temerosos da exclusão que a simples menção da palavra " negro" ou " pardo " ou a expressão " de cor " na certidão de nascimento ainda determina.

Negro, neste País, só tinha algum espaço nas artes, como Grande Otelo ou no futebol como Pelé, mas graças à sua excepcionalidade. Fora disso era no carnaval e no candomblé mas como produto turístico, produto de exportação.

As articulações desses movimnentos no MNU - Movimento Negro Unificado, muito debate, muita caminhada, muita pressão, muita coragem num assumimento heróico de luminosas e gloriosas lideranças, como os saudosos Anélio Cruz e Nego Lua, o Professor Guarani, agora com sua bela carapinha branca, ainda a lutar, acabaram por impor o surgimento de políticas públicas institucionalisando o combate ao racismo. Veio o Governo Lula, veio a Seppir, veio o Estatuto da Igualdade Racial, veio a coragem do pertencimento e a força da verdade fez a revelaçao, até que um dia, que o BRASIL É NEGRO. Esta revelação se deu no censo do ano passado e neste ano, Ano Internacional da Igualdade Racial, o Brasil reagata parte de sua dívida com o Povo Negro - que nos deu a maioria dos marcantes traços de brasilidade - com a transformação, pelo Congresso Nacional, do Dia da Consciência Negra , 20 de Novembro, em Feriado Nacional. Uma homenagem a Zumbi,mas pricipalmente a todas as negras e a todos os negros, do passado, do presente e do futuro, assumidos, pois este gesto encaminha o Brasil rumo a Democracia.

26 de outubro de 2011

Dia da Consciência Negra poderá ser feriado nacional

Data: 21/10/2011

Projeto aprovado ontem (20) pelo Senado, já passou pela Câmara e agora segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff

O Senado Federal aprovou ontem (20) projeto que declara feriado nacional o 20 de Novembro Dia da Consciência Negra e o enviou à sanção da presidenta Dilma Roussef. Caso seja sancionado, este será o primeiro feriado do país originário da mobilização social, principalmente do movimento negro. A data já é reconhecida e celebrada como feriado em mais de 200 cidades, inclusive três capitais (São Paulo, Rio de Janeiro e Cuiabá).

A comemoração do 20 de Novembro como Dia Nacional da Consciência Negra surgiu na segunda metade dos anos 1970, no contexto das lutas dos movimentos sociais contra o racismo. O dia homenageia Zumbi, símbolo da resistência negra no Brasil, morto em uma emboscada, no ano de 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas. Desde 1995, Zumbi faz parte do panteão de Herois da Pátria.

Nas últimas décadas, o 20 de novembro tem sido dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e sobre as consequências do racismo para a vida das pessoas e para o desenvolvimento do país. Apesar do ponto alto da celebração coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares – 20 de Novembro – a cada ano, as atividades alusivas a esta data são expandidas ao longo do mês, ampliando os espaços de discussão sobre as questões raciais.

Anualmente, um número cada vez mais significativo de entidades da sociedade civil, principalmente o movimento negro, tem se mobilizado em todo o país, em torno de atividades relativas à participação da pessoa negra na sociedade em diferentes áreas: trabalho, educação, segurança, saúde, entre outras.

* Projeto Original

 O projeto original que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (PLS 520/03), de autoria da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), previa apenas a data, mas não o feriado. Na justificação da matéria, Serys argumenta que sua proposta visa criar uma oportunidade para a reflexão sobre o preconceito ainda existente na sociedade brasileira.

Aprovado pelo Senado, o texto foi enviado à Câmara dos Deputados e apensado a outra proposta (PLS 302/2004), que propunha o dia 20 de novembro como feriado nacional. Você sabia?

Há ainda quatro datas comemorativas móveis, as quais, embora popularmente conhecidas como feriados nacionais, não são reconhecidas como tal pela legislação brasileira – Terça-Feira de Carnaval, Sexta-Feira da Paixão, Domingo de Páscoa e o Corpus Christi.

* Textos extraídos do Portal do Senado

21 de outubro de 2011

PARCERIA LEVA AQUECIMENTO SOLAR À POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA

Parceria leva aquecimento solar à população de baixa renda

Plano prevê instalação em moradias do Jd Fátima/Márcio Lino
 
A Prefeitura de Guarulhos assinou na última semana um “Termo de Parceria” com a EDP Bandeirantes para a realização de ações conjuntas nas áreas de regularização de ligações domiciliares e na implantação de aquecimento solar junto à população de baixa renda.

O termo prevê inicialmente a execução de um projeto piloto em 100 residências do Jardim Fátima. Essas casas receberão lâmpadas compactas e sistema de aquecimento solar de baixo custo – ASBC, concebido pela Sociedade do Sol (SOSOL) e adotado no Programa Guarulhos Solar – Sol Para Todos. O projeto também prevê, com a participação dos moradores, a extensão de iluminação pública e campanha de orientação para uso racional de energia elétrica. Na oportunidade, a Prefeitura fará a identificação de famílias cujo perfil preencha os pré-requisitos para recebimento do benefício de Tarifa Social de Energia Elétrica.

A implantação do projeto deve começar na segunda quinzena deste mês, após a livre adesão dos moradores, que não terão nenhum tipo de ônus. Para falar sobre as vantagens do aquecimento solar serão feitas reunião e assembleia geral. O projeto beneficiará as famílias com a valorização das residências e a redução de até 40% nas contas de energia.

Segundo o gestor de Iluminação Pública da Secretaria de Obras, Paulo de Tarso Carvalhaes, com a iniciativa ganham a comunidade e o meio ambiente. “A redução na conta de energia é uma economia que equivale para muitas famílias ao valor de uma cesta básica. Já a diminuição da demanda do sistema convencional alivia as redes de distribuição, reduzindo as perdas de eletricidade e também a queima de combustível em usinas térmicas, o que colabora em muito para o meio ambiente”, salienta.

O projeto prevê também a regularização do cadastro de consumidores e a conexão das instalações elétricas das casas à rede da EDP Bandeirante.

Os recursos para implantação do novo sistema têm origem na Lei da Tarifa Social de Energia Elétrica (lei nº 12.212/2010), que estabelece que as concessionárias devem aplicar 60% do valor destinado ao Programa de Eficiência Energética para a população de baixa renda.

18 de outubro de 2011

Comissão “Eu Apoio o Carvão Mineral” define nominata e reafirma propósitos - 17/10/2011


 

                                     SAGA DOS MINEIROS GAÚCHOS

PORTO ALEGRE/RS - A primeira reunião Comissão “Eu Apoio o Carvão Mineral”, realizada dia 17/10, no “Palacinho”, definiu os nomes dos integrantes do grupo de trabalho sugerido pela presidente Dilma ao governador Tarso Genro, dia 14/10,  na presença do sindicalista Oniro Camilo, recebido fora da agenda oficial. De caráter tripartite, a comissão será formada pelos sindicalistas Oniro Camilo (Sindicato dos Mineiros do RS), Wagner Lopes Pinto (Sindicato dos Mineiros de Candiota) e César Faria (Sindicato Nacional da Indústria Extrativa do Carvão Mineral); os vereadores Dedé Tintas, de Butiá, e João Couto, de Candiota, e os prefeitos Miguel Almeida, de Minas do Leão, e Luiz Carlos Folador, de Candiota. Na condição de observador, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre (STICC) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST/RS), Valter Souza, participou da primeira metade da reunião e levou a solidariedade da Central ao movimento.

Os integrantes da comissão recém formada protocolaram ofício na Casa Civil do Governo do Estado, no Palácio Piratini, e aguardam a indicação dos nomes dos representantes do estado e a definição do primeiro encontro do grupo de trabalho. O documento enfatiza que a referida comissão reconhece a necessidade de abordar três pontos que considera fundamentais, a participação nos Leilões A-5, a manutenção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a definição de uma política que contemple o carvão mineral e as respectivas termelétricas.         
Elifas Simas, presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), destacou o trabalho desenvolvido pelo grupo no convencimento do governo federal a respeito da importância na geração térmica. “Agora, são os primeiros passos na efetivação desse projeto, que espero que seja um projeto decenal de aproveitamento do carvão mineral na matriz energética, o que será muito bom para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e também para o Brasil, com geração de emprego e renda”, afirmou.

Wagner Lopes Pinto, presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota,  disse enxergar uma luz, a partir da possibilidade de  colocar o carvão gaúcho e  catarinense na perspectiva da geração de empregos e desenvolvimento. Ele se referiu à modesta presença do carvão mineral na matriz energética brasileira, com apenas 1,2% de participação. O sindicalista considera 5% um índice razoável, “levando-se em conta a utilização média mundial em 42%“. A África do Sul, país que receberá a visita da presidente do Brasil, utiliza o carvão mineral em 93% de sua matriz. 

Miguel Almeida, prefeito de Minas do Leão, lembrou que as propostas que foram à mesa da primeira reunião foram apresentadas no Senado, em audiência pública, mas ainda carecem de solução. “Porém - destacou - surge uma esperança com a sinalização da presidente Dilma, a formação do grupo de trabalho e o pedido dela da apresentação de uma proposta objetiva e viável, em prazo já determinado“.

João Couto, vereador e presidente da Comissão do Carvão da Câmara Municipal de Candiota, revelou a convicção na retirada da “Fase C” do papel, em que está há 23 anos. Couto resgatou o período em que a presidente Dilma foi secretária de Minas e Energia do Governo Olívio Dutra, e trouxe os chineses ao Rio Grande do Sul levando-os até Candiota, pois pretendia fazer uma usina pela CEEE em parceria com eles. Dizendo ser essa a “Fase C”, o vereador apelou à compreensão do fato de a presidente ser pressionada por setores poderosos e também pelos ecologistas. “Não podemos voltar ao tempo da pedra lascada”, alertou, manifestando a crença de que “à medida em que coloquemos as questões com clareza para a presidente, ela vai liberar a construção de outras usinas“, concluiu.

ENTENDA O CASO - Um movimento histórico interrompeu o tráfego da BR-290, nas proximidades da ponte móvel do Lago Guaíba, em Porto Alegre, e provocou audiência extraordinária da presidente Dilma Rousseff e o governador do Estado, Tarso Genro com o presidente do Sindicato dos Mineiros do RS, Oniro Camilo, dia 14/10, no Palácio Piratini, sede do executivo gaúcho. No encontro, Dilma sugeriu a formação de uma comissão tripartite - com representantes dos trabalhadores, empresários e governo – para que seja vencido o impasse criado a partir da exclusão do carvão mineral do leilão A-5 e a extinção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), proposta pela ANEEL, que acarretará uma demissão superior a 24 mil empregos na Região do Baixo Jacuí, no Rio Grande do Sul, e aproximadamente 54 mil postos de trabalho nos três estados do Sul, influenciando diretamente a vida de um contingente ao redor de 200 mil pessoas.
 



FONTE ILHA DA NOTÍCIA

SAGA DOS MINEIROS GAÚCHOS

Comissão “Eu Apoio o Carvão Mineral” define nominata e reafirma propósitos - 17/10/2011
www.ilhadanoticia.com.br


                             SAGA DOS MINEIROS GAÚCHOS
PORTO ALEGRE/RS - A primeira reunião Comissão “Eu Apoio o Carvão Mineral”, realizada dia 17/10, no “Palacinho”, definiu os nomes dos integrantes do grupo de trabalho sugerido pela presidente Dilma ao governador Tarso Genro, dia 14/10,  na presença do sindicalista Oniro Camilo, recebido fora da agenda oficial. De caráter tripartite, a comissão será formada pelos sindicalistas Oniro Camilo (Sindicato dos Mineiros do RS), Wagner Lopes Pinto (Sindicato dos Mineiros de Candiota) e César Faria (Sindicato Nacional da Indústria Extrativa do Carvão Mineral); os vereadores Dedé Tintas, de Butiá, e João Couto, de Candiota, e os prefeitos Miguel Almeida, de Minas do Leão, e Luiz Carlos Folador, de Candiota. Na condição de observador, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre (STICC) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST/RS), Valter Souza, participou da primeira metade da reunião e levou a solidariedade da Central ao movimento.

Os integrantes da comissão recém formada protocolaram ofício na Casa Civil do Governo do Estado, no Palácio Piratini, e aguardam a indicação dos nomes dos representantes do estado e a definição do primeiro encontro do grupo de trabalho. O documento enfatiza que a referida comissão reconhece a necessidade de abordar três pontos que considera fundamentais, a participação nos Leilões A-5, a manutenção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a definição de uma política que contemple o carvão mineral e as respectivas termelétricas.         
Elifas Simas, presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), destacou o trabalho desenvolvido pelo grupo no convencimento do governo federal a respeito da importância na geração térmica. “Agora, são os primeiros passos na efetivação desse projeto, que espero que seja um projeto decenal de aproveitamento do carvão mineral na matriz energética, o que será muito bom para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e também para o Brasil, com geração de emprego e renda”, afirmou.

Wagner Lopes Pinto, presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota,  disse enxergar uma luz, a partir da possibilidade de  colocar o carvão gaúcho e  catarinense na perspectiva da geração de empregos e desenvolvimento. Ele se referiu à modesta presença do carvão mineral na matriz energética brasileira, com apenas 1,2% de participação. O sindicalista considera 5% um índice razoável, “levando-se em conta a utilização média mundial em 42%“. A África do Sul, país que receberá a visita da presidente do Brasil, utiliza o carvão mineral em 93% de sua matriz. 

Miguel Almeida, prefeito de Minas do Leão, lembrou que as propostas que foram à mesa da primeira reunião foram apresentadas no Senado, em audiência pública, mas ainda carecem de solução. “Porém - destacou - surge uma esperança com a sinalização da presidente Dilma, a formação do grupo de trabalho e o pedido dela da apresentação de uma proposta objetiva e viável, em prazo já determinado“.

João Couto, vereador e presidente da Comissão do Carvão da Câmara Municipal de Candiota, revelou a convicção na retirada da “Fase C” do papel, em que está há 23 anos. Couto resgatou o período em que a presidente Dilma foi secretária de Minas e Energia do Governo Olívio Dutra, e trouxe os chineses ao Rio Grande do Sul levando-os até Candiota, pois pretendia fazer uma usina pela CEEE em parceria com eles. Dizendo ser essa a “Fase C”, o vereador apelou à compreensão do fato de a presidente ser pressionada por setores poderosos e também pelos ecologistas. “Não podemos voltar ao tempo da pedra lascada”, alertou, manifestando a crença de que “à medida em que coloquemos as questões com clareza para a presidente, ela vai liberar a construção de outras usinas“, concluiu.

ENTENDA O CASO - Um movimento histórico interrompeu o tráfego da BR-290, nas proximidades da ponte móvel do Lago Guaíba, em Porto Alegre, e provocou audiência extraordinária da presidente Dilma Rousseff e o governador do Estado, Tarso Genro com o presidente do Sindicato dos Mineiros do RS, Oniro Camilo, dia 14/10, no Palácio Piratini, sede do executivo gaúcho. No encontro, Dilma sugeriu a formação de uma comissão tripartite - com representantes dos trabalhadores, empresários e governo – para que seja vencido o impasse criado a partir da exclusão do carvão mineral do leilão A-5 e a extinção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), proposta pela ANEEL, que acarretará uma demissão superior a 24 mil empregos na Região do Baixo Jacuí, no Rio Grande do Sul, e aproximadamente 54 mil postos de trabalho nos três estados do Sul, influenciando diretamente a vida de um contingente ao redor de 200 mil pessoas.
 



FONTE ILHA DA NOTÍCIA

Comissão tripartite sugerida por Dilma realiza primeira reunião - 16/10/2011



 

                         SAGA DOS MINEIROS GAÚCHOS
PORTO ALEGRE/RS - O primeiro movimento concreto da comissão tripartite ocorrerá dia 17/10, às 14h, no “Palacinho”, na presença de representantes do Vice-Governador e lideranças sindicais e empresariais, com vistas a definir os nomes dos integrantes do grupo de trabalho sugerido pela presidente Dilma Rousseff.

Otimista com o resultado da mobilização que resultou na formação do grupo de trabalho, Oniro Camilo, também presidente do Departamento Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas do Brasil, no Plano da CNTI (Depronex/CNTI), manifestou a expectativa do setor mineral de vislumbrar novos horizontes, vencidas as dificuldades de dialogar com a presidente e o governador.
O fórum criado terá a responsabilidade de apontar rumos que viabilizem a manutenção da CDE, a inclusão do carvão no Leilão A-5 e a injeção de investimentos na ordem de US$ 6,5 bilhões na construção de novas usinas termelétricas a carvão no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, medida que produzirá a expansão da cadeia produtiva.


Jornada histórica renova esperança
Um movimento histórico interrompeu o tráfego da BR-290, nas proximidades da ponte móvel do Lago Guaíba, em Porto Alegre, e provocou audiência extraordinária da presidente Dilma Rousseff e o governador do Estado, Tarso Genro com o presidente do Sindicato dos Mineiros do RS, Oniro Camilo, dia 14/10, no Palácio Piratini, sede do executivo gaúcho. No encontro, Dilma sugeriu a formação de uma comissão tripartite - com representantes dos trabalhadores, empresários e governo – para que seja vencido o impasse criado a partir da exclusão do carvão mineral do leilão A-5 e a extinção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), proposta pela ANEEL, que acarretará uma demissão superior a 24 mil empregos na Região do Baixo Jacuí, no Rio Grande do Sul, e aproximadamente 54 mil postos de trabalho nos três estados do Sul, influenciando diretamente a vida de um contingente ao redor de 200 mil pessoas.

Oniro Camilo, que também é vice-presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores no Estado (NCST/RS), lamentou ter de lançar mão do recurso extremo da paralisação que bloqueou o trafego das principais vias de acesso  à capital. Em nome da comissão “Eu Apoio o Carvão”, o sindicalista justificou o bloqueio da travessia do lago Guaíba como única maneira de chamar a atenção dos governos estadual e federal, já que as solicitações de audiência com o governador e a presidente estavam protocoladas há dois meses sem resposta, o que causou grande ansiedade entre os trabalhadores e a comunidade nos três estados.

A presidente Dilma se referiu ao governador Tarso pedindo que ele assumisse o grupo de trabalho que preparará a pauta que será apresentada a ela e ao Ministro-Chefe da Secretaria Geral da República, Gilberto Carvalho, na primeira quinzena de novembro. Genro solicitou a Oniro a indicação de nomes dos representantes de trabalhadores e empresários “o mais rápido possível”, encarregando a Casa Civil do Governo do Estado de receber a nominata.



FONTE ILHA DA NOTÍCIA

16 de outubro de 2011

PAÍS RICO É PAÍS SEM MISÉRIA

Presidenta da República no Estado

http://www.ptrs.org.br/
Dilma Rousseff assina Pacto do Sul e libera recursos para o metro de Porto Alegre

A presidenta da República Dilma Rousseff assinou o Pacto Sul – Brasil Sem Miséria na Assembleia Legislativa do Estado nesta manha (14).  A tarde, no Palácio Piratini, anunciou a liberação de recursos do PAC da Mobilidade Urbana Grandes Cidades para o metrô de Porto Alegre e outras obras em cidades da Região Metropolitana.

Após assinar o termo de pactuação do programa com os governadores da Região Sul, Dilma Rousseff falou aos convidados e representantes políticos que lotaram o Teatro Dante Barone. “O Brasil já fez da luta pela responsabilidade fiscal um momento importante na sua trajetória, mas nunca tivemos uma responsabilidade social explícita. Acredito que este momento marca uma ação conjunta dos governos federal, estadual e municipal, pois só com a união destas três esferas conseguiremos vencer o imenso desafio de eliminar a pobreza extrema”, afirmou Dilma.

Segundo a presidenta, nos últimos anos, 40 milhões de brasileiros ascenderam da linha da pobreza para classe média, contudo, 16 milhões ainda seguem na miséria. “Este pacto representa o compromisso de cada um nós em desenvolver iniciativas para o Brasil ser um país sem pobreza extrema. Nos últimos anos, ficou claro que a nossa força não se encontra em nenhum país lá fora, mas aqui dentro, em nós mesmos e na nossa capacidade de produzir, consumir, trabalhar e criar”, enfatizou Dilma, citando o slogan do governo federal. “País rico é país sem miséria”. “Tirar 16 milhões de brasileiros da pobreza extrema é um imperativo ético e moral, mas também econômico, pois transformaremos brasileiros em cidadãos plenos. Não queremos a tutela dos mais pobres. O estado tem que querer a cidadania”, analisou.

Reflexo internacional
Dilma acredita que o respeito conquistado mundialmente pelo Brasil é fruto do crescimento econômico e da queda da desigualdade. “Entre os países emergentes, temos uma bandeira e uma vitória, que é a melhoria da igualdade. Este diferencial transformou o Brasil e permitiu que tivéssemos imensas defesas diante da atual crise.

Somos atingidos, mas como nossa principal força está no mercado interno, temos uma capacidade de resistência maior. Somos o último país a entrar na crise na crise e o primeiro a sair”, argumentou a chefe de Estado, lembrando da dívida brasileira com o Fundo Monetário Internacional (FMI), paga durante o governo Lula. “O Brasil deu um grande passo e voltou a crescer quando pagamos o FMI. Pagamos e, com o passar do tempo, viramos credores. Isto mostra uma grade virada e um grande momento de soberania”, comemorou a presidenta.

Para ela, o programa Brasil Sem Miséria representa o amadurecimento da nação. “Acredito que vivemos um momento de crise, mas também de oportunidades. Não podemos ser soberbos, porque nenhum de nós vive em um mundo isolado. Temos que ter a humildade da cooperação com os demais países do mundo. Hoje, o Brasil sabe da sua força, da importância de continuar a crescer e de fazer investimentos para resgatar a população da pobreza”, destacou. Ela ainda reafirmou o compromisso com a população. “Nós nos importamos com os 16 milhões que vivem na miséria e juntos vamos superá-la”, acrescentou Dilma Rousseff.

Presenças
Estiveram presentes na solenidade os governadores do Rio Grande do Sul, Tarso Genro; de Santa Catarina, Raimundo Colombo; e do Paraná, Beto Richa; os ministros do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello; e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro; ministros do Trabalho, Carlos Lupi; das Comunicações, Paulo Bernardo Silva; do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence; e das Cidades, Mário Negromonte; a ministra-chefe da Secretaria os Direitos Humanos, Maria do Rosário; os senadores Paulo Paim (PT/RS) e Ana Amélia Lemos (PP/RS); o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT/RS); o presidente dos Parlamento gaúcho, deputado Adão Villaverde (PT); o prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti; e a presidente da Câmara de Porto Alegre, vereadora Sofia Cavedon (PT).

Brasil Sem Miséria
A partir dos termos e protocolos que serão assinados com os governadores e associações de municípios, a meta do MDS é tirar da miséria 716 mil pessoas da Região Sul. Segundo dados divulgados pelo Ministério, os três estados (RS, SC e PR) têm 61% da população mais pobre concentrada na área urbana. A meta é beneficiar 16,2 milhões de pessoas (4,3% delas no Sul), com transferência de renda, inclusão produtiva e acesso a serviços públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica.

A presidenta recebeu, do presidente da Assembleia Legislativa (ALRS), deputado Adão Villaverde (PT), a Medalha do Cinquentenário da Legalidade e uma publicação que relata as atividades realizadas pela Assembleia em homenagem aos 50 anos do Movimento da Legalidade.

Metro de Porto Alegre
Às 14h30, no Palácio Piratini, a presidenta anunciará a liberação de recursos do PAC da Mobilidade Urbana Grandes Cidades para o metrô de Porto Alegre e outras obras em cidades da Região Metropolitana. Esta modalidade do PAC dispõe de R$ 18 bilhões para melhorar o sistema de transportes nas cidades brasileiras com mais de 700 mil habitantes.

Em Porto Alegre, as obras prevêem a duplicação da Avenida Tronco/Cruzeiro do Sul, com implantação de faixa exclusiva para ônibus, ligando o Estádio Beira-Rio à Região Central, Aeroporto Saslgado Filho, Rodoviária e região hoteleira.