5 de abril de 2011

LIXO EXTRAORDINÁRIO II - O FIM DOS LIXÕES

                                         O FIM DOS LIXÕES.

   Com a Lei 12.305/2010 que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os lixões deverão deixar de existir. Essa lei determina que até 2014 todos os municípios tem de destinar seu lixo para aterros sanitários.
   Com o aterro que está sendo implantado em Candiota, nosso município se antecipa à data fixada pela Lei. E é por causa disso que os prefeitos da Região trabalham, especialmente o Prefeito Folador, para que o aterro sanitário da Meioeste entre logo em funcionamento. Além de dar cumprimento a uma determinação legal, apressam o fim dos lixões de seus municípios, reduzindo em muito a poluição que os mesmos acarretam. O lixo passará por uma trriagem em Bagé onde a parte reaproveitável, reciclável será separada, o que gerará emprego e distribuição de renda para muitas pessoas. O lixo orgânico irá para o aterro sanitário.
   Esse aterro sanitário está sendo instalado em antigas cavas da mina de carvão, hoje imensas crateras cheias de água parada, focos de mosquitos, e de muitas bactérias, e poluição do lençol freático. Com o seu esgotamento,  adequada drenagem e revestimento o local receberá os rejeitos da triagem com os cuidados técnicos necessários para impedir a poluição.
   No aterro sanitário de Minas do Leão a empresa que o administra, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre - DMLU e a SULGÁS fazem estudos de viabilidade técnica para o aproveitamento do gás lá obtido. Ao invés de simplesmnete queimá-lo e perdê-lo, devem aproveitá-lo para gerar energia. É de pensar nisso, para cá, brevemente.
   Em torno da instalação desse aterro sanitário há muitas especulações e apreensões. Tudo muito natural. Quem não conhece o assunto e, em se tratando de lixo,é perfeitamente plausível todo tipo de questionamento e preocupações.
   Um desses questionamentos é o fato de já terem ocorrido irregulartidades em outros aterros. Mas isso não deve ser impeditivo para a instalação de novos aterros. O Brasil tem leis que responsabilizam as autoridades e as empresas pelo cumprimento das regras. Os Conselhos Municipais de Meio Ambiente, as Câmaras de Vereadores, as organizações não governamentais que atuam no setor, as Promotorias Públicas, as( os ) Cidadãs( os ), a imprensa são legítimos fiscais para que esse, e outros, instrumentos funcionem dentro dos padrões técnicos e científicos permitidos e exigidos.
   A possibilidade de eventuais irregularidades não pode ser motivo alegado para deixarmos de dar soluções a problemas da Humanidade, especialmente a esse dos lixões, que é profundamente grave.
   Para aprofundar esse debate anexo o texto abaixo, que foi publicado no Jornal do Comércio, edição do dia 03 de março de 2011, no caderno Logística.

15MAR

Quem vai ganhar o Oscar da sustentabilidade?

publicado por Gui Brammer às 02:29 pm

Artigo que escrevi no dia seguinte ao Oscar, aproveitando que Wasteland chega ao Brasil e que Gramacho será desativado até dezembro,e com isso milhares de pessoas ficarão sem atividade, vai minha crítica ao modelo atual de coleta de resíduos no Brasil.
“Como bom brasileiro estou na torcida para que o filme nacional indicado ao Oscar 2011, “Lixo Extraordinário” (“Waste Land”), dirigido por Lucy Walker, receba a estatueta no próximo dia 27. Filmado de 2007 a 2009, “Lixo Extraordinário” acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz com um grupo de catadores de um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Porém, fico pensando que, após toda a festa, o Brasil continuará como um ator de peso na ingerência do lixo urbano.
O país vive um dilema: por um lado, é a “bola da vez”, palco de grandes oportunidades e foco de investimentos nacionais e internacionais. Por outro, deixa a desejar na sustentabilidade, atrelada à questão econômica desse desenvolvimento. Explico: o brasileiro está com maior poder de compra, consome mais produtos embalados e também descarta mais. Os centros urbanos estão crescendo e de uma forma não planejada, sobretudo nas questões cruciais como moradia, saneamento, lixo, ente outras.
Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a geração de resíduos atingiu 57 milhões de toneladas em 2009, volume 7,7% acima gerado no ano anterior. No mesmo período, a população cresceu cerca de 1% e, portanto, o incremento na geração de resíduos é resultado do aumento do consumo e de renda, o que se reflete no crescimento econômico. Segundo a entidade, cada brasileiro gerou em média 1,15kg por dia em 2009, 6,6% a mais do que no ano anterior.
A nova gestão do Ministério do Meio Ambiente já se deu conta da urgência em destacar, na pauta das ações para os próximos anos, os assuntos referentes às cidades. Os principais enfoques, segundo a ministra Izabella Teixeira, estarão nas questões do lixo e do saneamento básico.
A destinação do resíduo urbano transformou-se num dos mais graves problemas das grandes cidades. As prefeituras se deparam com a falta de espaço para aterros, a necessidade de se transportar o lixo para outras cidades, o custo e a necessidade de investimentos em tecnologia para o tratamento e “hospedagem” desse lixo. Outra constatação é que as ações de gerenciamento do resíduo geralmente não contemplam a reciclagem. No Brasil, dos 5.564 municípios, somente 7% contam com coleta seletiva, o que resulta em ociosidade na indústria de reciclagem mecânica brasileira.
São Paulo, a maior cidade do país é um exemplo da dificuldade que se tem para que o resíduo chegue até a reciclagem. A secretaria Municipal de Serviços, responsável pela limpeza urbana, reduziu as visitas dos caminhões de coleta seletiva, alegando que as cooperativas não tinham capacidade suficiente para absorver os resíduos. São apenas 18 cooperativas cadastradas pela prefeitura, hoje, sendo que há mais de 100 esperando na fila do cadastramento para operarem de forma regulamentada. Outra reclamação de quem recebe o material para reciclagem é sobre a qualidade do resíduo que chega da coleta seletiva, por grande parte ser de lixo orgânico misturado, impróprio para ser reciclado. Ou seja, falta uma amarração de todas essas pontas.
Todo este quadro tende a mudar com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº. 12.305/2010), regulamentada no dia 23 de dezembro de 2010, que imprime atenção em toda a sociedade – poder público, indústrias e população – para a situação do lixo. De acordo com a lei, a partir de 2014 será proibido o uso de lixões e os aterros sanitários legalizados só poderão receber rejeitos, ou seja, tudo aquilo que não pode ser reutilizado ou reciclado.
Neste primeiro momento, a falta de conhecimento e de habilidade com o assunto tem fomentado a busca por soluções rápidas e eficazes, que atendam à nova diretriz. Como fazer desse limão uma limonada?
Já existem soluções viáveis que gerenciam o lixo como uma rica fonte de matérias-primas para que se reduza a extração e a produção de novas. Também já é possível usar esse trabalho com os resíduos como um modo de melhorar a vida das pessoas que já vivem deles, de forma ordenada, com base na capacitação e na geração de renda. E para que o Brasil se sustente na questão do gerenciamento dos resíduos, todo esse processo deve acontecer de modo continuado, sistemático e progressivo.
Nosso trabalho hoje consiste em facilitar processos, viabilizar parcerias e desenhar soluções para que o lixo encontre os caminhos da indústria da reciclagem. Para que resíduos deixem de ser simplesmente descartados e passem a ter um valor agregado na forma de produtos de reutilização ou em sua transformação em matéria-prima para novos produtos.
Só assim, e com a participação de toda a sociedade, será dado o direcionamento para que o país alcance um nível de desenvolvimento sustentável na área do lixo digno de ouvir: “and the Oscar goes to Brasil!!” .
Gui Brammer é presidente da TerraCycle no Brasil e CEO da GreenBusiness.

1 de abril de 2011

LIXO EXTRAORDINÁRIO I

                                     A GRANDE SOLUÇÃO
 
   O texto abaixo, que vos envio, está em http://www.institutogea.org.br/. Trata-se de uma organização voltada para a defesa do Meio Ambiente, para a educação ambiental e para a busca das melhores formas de reduzir a poluição. As opiniões emitidas no texto são de pessoas comprometidaas com a sanidade ambiental,, a saúde dos cidadãos, a preservação da qualidadec da água, do ar e do solo. Enfim, com a preservação da Vida no Planeta.
   Neste momento há um aterro sanitário sendo implantado em Candiota. Como diz o texto do GEA " os aterros sanitários são ainda a melhor solução para o lixo que não pode ser reaproveitado ou reciclado."
   Pois aqui, nesta cidade, o que temos é um lixão que, como  se lê abaixo " causam poluição do solo, das águas que bebemos e do ar, pois as queimas expontâneas são constantes. Muita gente pensa que se o lixão está longe da sua casa ele não está lhe causando problemas. Isso é um grave engano."
   De fato o que ocorre em Candiota é a troca do atual lixão por uma solução recomendada por instituições e organizações comprometidas com a qualidade do Meio Ambiente, como é o caso do Instituto Gea. A comunidade da região está ganhando um ATERRO SANITÁRIO  que vai nos livrar dos males causados pelo lixão.
 
O PRECONCEITO
 
   O aterro sanitário que está sendo implantado pela empresa MEIOESTE, nas antigas cavas deixadas pela mineração do carvão, receberá o lixo de outros municípios. Este fato despertou o preconceito pelo fato de ser lixo alheio a vir para cá, e ser em ampla quantidade. Esse lixo está, hoje, sendo depositado em lixões nos municípios vizinhos. Pois como diz o texto do GEA ' a poluição causada por um lixão atinge muitos e muitos quilômetros em volta, ou até mais, já que as águas e o ar movimentam-se." 
   Isso leva-nos a crer que o nosso lixão causa problemas de saúde em nosso entorno, nos municípios vizinhos, e os lixões deles igualmente, " espraiam" poluição para todos os lados, por muitos e muitos quilômetros. A vinda do aterro sanitário é, portanto, uma grande e oportuna solução para esse problema do conjunto de municípios. Representará o fim da poluição causada, em série e  de forma progressiva, uma vez que todo esse lixo será acondicionado de maneira adequada, tendo os gazes e os efluentes líquidos capturados, impedindo que continuem a poluir, como hoje. Por isso a oposição à implantação do aterro sanitário é mero preconceito porque vem lixo de fora. Não se dão conta os oponentes que esses lixões, lá fora, poluem aqui também e que o nosso, aqui, polui lá fora.
   É interessntíssimo o que diz o último parágrafo do texto sob o título de DICA VERDE.
 
 
                                        Qual o problema do lixo?

Todos temos ouvido falar muito que o lixo é um problema. Mas ao cidadão comum parece o problema do lixo só existe quando há interrupção na coleta do lixo e os lixeiros deixam de passar na sua porta. É de arrepiar, não é verdade? Sacos e sacos amontoando-se nas calçadas, exalando mau cheiro, atraindo insetos e outros animais. Em resumo: poluindo e sujando a porta da sua casa. O que é preciso entender é que, mesmo quando o lixo é recolhido pelos lixeiros, ele não desaparece, apenas é levado para outro lugar. E é preciso muito cuidado para que ele não cause os problemas que estava causando na porta de sua casa em outro lugar. Afinal, a cidade também é nossa casa, assim como o país, o continente e ... o Planeta.
O lixo é responsável por um dos mais graves problemas ambientais de nosso tempo. Seu volume é excessivo e vem aumentando progressivamente, principalmente nos grandes centros urbanos, atingindo quantidades impressionantes, como os 14 milhões de quilos coletados diariamente na Cidade de São Paulo. Além disso, os locais para disposição de todo esse material estão se esgotando rapidamente, exigindo iniciativas urgentes para a redução da quantidade enviada para os aterros sanitários, aterros clandestinos ou lixões. O lixo, como os demais problemas ambientais, tornou-se uma questão que excede à capacidade dos órgãos governamentais e necessita da participação da sociedade para sua solução. Uma das possibilidades para reduzir o problema do lixo é a implantação da coleta seletiva de lixo - que consiste na segregação de tudo o que pode ser reaproveitado, como papéis, latas, vidro, plástico, entre outros - enviando-se esse material para reciclagem. A implantação de programas de coleta seletiva de lixo não só contribui para a redução da poluição causada pelo lixo, como também proporciona economia de recursos naturais - como matérias-primas, água e energia - e, em alguns casos, pode representar a obtenção de recursos, advindos da comercialização do material.
Apesar do crescente número de municípios em que a coleta seletiva de lixo é implantada - uma vez que toda a coleta de lixo é atribuição dos governos municipais - verifica-se também um grande número de programas desenvolvidos por iniciativa da sociedade civil, em escolas, empresas, condomínios, etc., que apresentam maior chance de continuidade, pois não estão vinculados a mudanças e interesses políticos.

O lixo mudou muito...

Até a metade do século 20 o lixo não significava um problema. A maior parte dele era formada por materiais orgânicos, como restos de frutas e verduras, assim como de animais, e tudo isso é degradável pela ação da natureza. O lixo era menor e facilmente transformado pelo próprio Meio Ambiente em nutrientes para o solo.
Muitas pessoas tinham o hábito de ter em suas casas uma horta ou uma criação de galinhas e outros animais domésticos, a quem elas davam seus restos de comida. O que restava era enterrado, retornando ao solo. Portanto, tudo ia muito bem. O pouco que sobrava era recolhido e a natureza fazia sua parte. Entretanto, com o passar dos anos, o modo de vida dos habitantes do planeta foi mudando. A maioria mudou-se das áreas rurais para as cidades. As cidades foram crescendo, reduzindo o espaço de moradia e o tempo disponível dos cidadãos. O resultado é que passou a fazer parte da vida cotidiana a compra de alimentos e outros produtos embalados, prontos para o consumo. Parecia que era a solução perfeita.Chegaram os supermercados, as comidas prontas, o leite longa vida, os vegetais já lavados.... ótimo!
Mas tudo isso passou a significar também montanhas e montanhas de embalagens, sacos plásticos, caixas, isopor, sacolas, sacolinhas, latas disso e daquilo.... E o que é pior: são materiais que a natureza custa muito - quando consegue! - degradar e incorporar novamente ao ciclo da vida.
Felizmente, grande parte desses materiais pode ser reaproveitada ou reciclada, evitando o acúmulo de lixo no solo de nossas cidades e reduzindo o desperdício de recursos naturais.
Mas esse movimento está apenas começando. É necessária a colaboração de todos para que esse problema seja amenizado.

Lixões, aterros sanitários e incineradores

Catadores do antigo lixão de Carapicuíba, Grande São Paulo, 1998.
 
O lixo que é retirado pelos caminhões coletores da porta de nossas casas vai para algum lugar. Muitas vezes esse lugar é impróprio, isto é, o lixo é jogado numa porção de terreno, sem nenhuma preparação para evitar os danos que ele pode causar. Esses locais chamam-se depósitos clandestinos de lixo ou lixões.

Depósitos clandestinos - são aqueles locais onde um determinado cidadão ou empresa começa a jogar seu lixo. Pronto! Em poucos dias o monturo vai-se avolumando e muitos começam a jogar seus dejetos lá. Esses depósitos representam uma grave ameaça à saúde pública, devem ser combatidos e denunciados.
DICA VERDE: Se você tem conhecimento de algum depósito clandestino de lixo, denuncie-o ao órgão responsável pelo controle ambiental em seu estado ou município.

Lixões - Os lixões também são depósitos de lixo, sem nenhum tratamento, com a diferença de que são institucionalizados, isto é, autorizados pelas Prefeituras. No Brasil esse problema é gravíssimo, pois mais de 40% dos municípios deposita seu lixo em lixões, segundo a pesquisa de saneamento ambiental do IBGE de 2000. Esses depósitos causam poluição do solo, das águas que bebemos e do ar, pois as queimas espontâneas são constantes. Muita gente pensa que, se o lixão está longe de sua casa, ele não está lhe causando problemas. Isso é um grave engano. A poluição causada por um lixão atinge muitos e muitos quilômetros em volta, ou até mais, já que as águas e o ar movimentam-se.O lixão traz ainda mais um problema: atrae a população mais carente e desempregada, que passa a se alimentar dos restos encontrados no lixo e a sobreviver dos materiais que podem ser vendidos. Esse tipo de degradação humana não pode mais ser permitida e somente a erradicação total dos lixões vai solucionar essa situação.

DICA VERDE: Verifique para onde o lixo de seu município está sendo levado. Se for um lixão, não aceite, reclame das autoridades da prefeitura outra solução, pois todos os habitantes da cidade estão tendo sua qualidade de vida e saúde afetadas por essa situação.
Incineradores - Incineradores são grandes fornos onde o lixo sofre uma queima controlada, com filtros para evitar que os gases formados na combustão dos materiais atinja e polua a atmosfera. Eles tem a grande vantagem de reduzirem o volume do lixo em até 85%, mas mesmo assim existe uma sobra de cinzas e dejetos (os outros 15%), que precisam necessariamente ser levados para um aterro sanitário. Os incineradores têm alto custo de implantação, manutenção e operação e existe muita polêmica sobre a segurança dos sistemas de filtragem, pois há evidências de que mesmo pequenas falhas podem liberar gases altamente tóxicos, causadores de câncer. Os incineradores são entretanto a forma mais indicada de tratamento para alguns tipos de lixo, como os resíduos hospitalares e resíduos tóxicos industriais.

NOTA: Os incineradores estão sendo combatidos nos países mais desenvolvidos do planeta, pelos problemas ambientais causados. Muitos foram fechados por pressão popular, na América do Norte e na Europa. Ora, se os países mais civilizados e ricos n ão querem os incineradores, vele a pena pensarmos se eles são uma solução que nos convém, certo?

Aterros sanitários - São ainda a melhor solução para o lixo que não pode ser reaproveitado ou reciclado. Trata-se de áreas de terreno preparados para receber o lixo, com tratamento para os gases e líquidos resultantes da decomposição dos materiais, de maneira a proteger o solo, a água e o ar da poluição. Todos os municípios deveriam ter um aterro para colocação do seu lixo. Dependendo do volume de lixo gerado, existem aterros que podem ser implantados sem a necessidade de um grande dispêndio de recursos, sendo acessíveis a qualquer orçamento municipal.

DICA VERDE: Pressione o prefeito e os vereadores de sua cidade a implantarem um aterro sanitário o mais rápido possível , para colocação do lixo. Não aceite desculpas, como falta de recursos: o aterro sanitário é tão necessário à manutenção da saúde em seu município quanto as demais atividades do governo municipal.

3 de março de 2011

A Á GUA NOSSA DE CADA DIA

   Com minhas excusas, tanto ao Sérgio Britto quanto a Nadiane Momo, pelo trempo decorrido para abordar as questões que levantaram sobre a Corsan e a água em Candiota.
   O Sérgio lembra que a Corsan não está investindo em água e esgoto o que deveria. Concordo plenamente. E aproveito para fazer mais um lembrete. Não é somente a Corsan que tem este comportamento. A CEEE, a CRM, a SULGÁS, a CESA etc. Isto ocorre por decorrência de administrações inaptas para a potencialização das empresas públicas  e seu fortalecimento para que pretem serviços públicos de boa qualidade. Essas administrações estiveram, também, contaminadas pela concepção da privatização. Deste modo o sucateamento dessas empresas serve aos interesses do empresariado sequioso por abocanhá-las e fazer de seus setores fontes altamente lucrativas, às custas do suor do POVO.
   A CRM é um exemplo do afirmo. Atualmente ela é uma empresa pública profundamente privatizada. Isso ocorre por meio de ampla terceirização dos serviços. Até mesmo a mineração está terceirizada. Ao invés de fazer concurso e contratar funcionários para o quadro, condição que daria a esses trabalhadores melhores condições de trabalho, melhores salários, estabilidade no emprego euma série de outras conquistas que lhes tornariam a vida mais tranquila, dariaqm a suas vidas muito melhor qualidade.
   Com a terceirização, além de ganhar menos, os trabalhadores ficam sugeitos a todo tipo de pressão. Até para conseguirem uma vaga se obrigam a recorrer a um " pistolão " , como se dizia antigamente. Ganham menos, não tem os mesmos direitos garantidos, como os do quadro, e quando são demitidos, geralmente, tem seus direitos sonegados sendo submetidos até à coação para abrir mão de garantias estabelecidas em lei.
   É necessário preservar as empresas públicas, revitalizá-las, livrá-las das sanguessugas e construir processos de controle público para que prestem serviços de alta qualidade, o que é perfeitamente possível É o que deveerá ocorrer com as empresas estatais estaduais, agora com a gestão Tarso Genro ( PT ).
   Os problemas apontados pelo Sérgio e pela Nadiane são decorrentes do esclerosamento das ETAS. Elas são muito velhas , muito pequenas e obsoletas. Acredito que nunca foram capazes de produzir uma água de boa qualidade. E, à medida em que a população de Candiota cresceu muito, seus problemas afloraram com muita magnitude, causando todo esse desconforto que a população de Lassance e João Emílio externam, com justa razão.
   Isso é uma herança antiga, de todas as gestões de Candiota. Todavia o Prefeito Folador tem consciência disso e, muito expedito que é, já está tratando do assunto, ou seja, de buscar solução para esses problemas. Esteve no gabinete do ex-deputado Júlio Quadros, em 19 de janeiro passado, ao saber que este iria para uma diretoria da Corsan, para iniciar discussões com vistas a um projeto que viabilize uma Eta nova na Vilas Operária e outra em Dario Lassance. Etas modernas, espaçosas, capazes de produzir água potável da melhor qualidade e de servir a número muito maior de cidadãs e cidadãos. A eta da V. Operária teria a capacidade de produzir água para a própria Vila Operária, São Simão, João Emílio e Seival, com projeção para muitos anos à frente. A de Dario Lassance para esta mesma comunidade e para várias comunidades do interior do Município.
   Poucos dias depois, em 16 de fevereiro último, Julio Quadros, já como Diretor de Comercialização da Corsan, em companhia do diretor de Expansão dessa companhia, Alexandre Stoldt e do engenheiro André Finamor, veio a Candiota e foi feita uma discussão no sentido de a Corsan fazer um projeto, para a Prefeitura, que viabilize a solução da quantidade e da qualidade da água potável.
   No dia seguinte,  dia 17 de fevereiro, durante o Seminário promovido pela Prefeitura de Candiota com a Seppir, no CTG Batalha do Seival, sobre a questão Quilombola, foi a vez de o Prefeito Folador reunir com o Superintendente da FUNASA - Fundação Nacional de Saúde, Gustavo de Mello, para fazeer o mesmo debate. Nesta ocasião foi-se mais longe. Debateu-se a necessidade de um " sistema municipal de saneamento" no qual incluem-se três etas: a da V. Operária, a de Dario Lassance e outra no interior, com o objetivo bem definido de dar muita qualidade, capacidade para muitos anos à frente, e prevenção contra as estiagem. Estavam presentes o Vereador e Secretário de Obras e Sereviços Públicos Artêmio Parcianello, o Vereador e Secretário da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores Valmir Cougo, o Presidente da Câmara Vereador Juliano Correa e este Vereador, que escreve estas maltraçadas.
   De maneira, Nadiane e Sérgio Britto, que a Administração Luiz Carlos Folador está atenta aos problemas que afligem nossa população e em busca de solução e nós, vereadores do PT, ao lado, prestando o maior dos apoios.

6 de fevereiro de 2011

COMENTÁRIO DE SÉERGIO BRITO

Caro amigo João Couto, li tua postagem sobre a investida destes sugadores do povo, dito empresários) sobre nossa água. Embora eu tenha a opinião de que a Corsan, em muitos municipios, não esteja investindo o proporcional para aquele municipio, não só na água, mas também no esgoto, e para o qual alguns municipios já não mais querem seus serviços, sou favorável que mesmo assim nossa água continue nas mãos do povo trabalhador. E por falar em água, caro João Couto, quero manifestar uma preocupação quanto a qualidade da nossa água de Lassance no seguinte aspecto: 1º) falta dágua (não tenho observado)2º - qualidade da água - ai reside um problema para os mais carentes. Se não vejamo: o gosto da água que está chegando em nossas casas, falo de Lassance, é como se tivessemos tomando água direto na barragem. Não falo do que tem que ser colocado nela nas ETAS, falo sim do gosto que ela chega em nossas casas. Tive 3 dias sem água mineral, esta que compramos nos mercados, e tive que beber a nossa água. Te confesso que está sem condições quanto ao gosto. Minha preocupação é quanto as pessoas que não podem comprar água mineral. Verifique o assunto, mas faça-o mediante análise em alguns pontos do bairro tais como: Portelinha, Morada do Sol, Perto da CRM, Acácio Neves e verifique o gosto, colete amostras e nos tranquilise. Atenciosamente. Sérgio Brito

2 de fevereiro de 2011

PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA

COMPANHEIRAS(OS):
 
   Repasso-vos o documento abaixo, que recebi da SEAIRS, da Executiva Estadual do PT, que nos alerta para as insidiosas investidas de empresários - muitos multinacionais - sôbre a água potável. O que desejam é a privatização da água e os altos lucros que podem auferir com seu controle.
   Para que todos possam ter acesso a`´agua potável é necessário que permaneça estatizada e sob o controle  dos Trabalhadores. É inadmissível que elemento estratégico, como  água, caia nas mãos da iniciativa privada, cujo objetivo não é servir à população, mas obter o maior lucro que puder. Com este tipo de objetivo ninguém poderá apostar na boa qualidade da água nem em seu fornecimento para todos, pois uma parcela da população, a que não puder pagar os preços abusivos que a iniciativa privada costuma por em suas mercadorias, ficará sem água. Ou então o Setor Público terá de investir para dar conta desta parcela da população. Por essa lógica o Estado fica com a parte que dá prejuízo e a iniciativa privada com a que dá lucro.
  É necessário combater, com todas as forças, eese assédio estão fazendo a CORSAN e a outros órgãos do saneamento.
 




Orientação aos (a) Prefeitos(a), Parlamentares e aos(às)
Militantes do Partido dos Trabalhadores do RS

Está em curso no país uma ofensiva de grandes grupos econômicos para adquirir o controle do saneamento, em especial, o abastecimento de água.

No RS, grandes empresas têm assediado prefeituras e legislativos com uma equação que não fecha: prometem a um só tempo ampliar investimentos em saneamento, indenizar a Corsan e reduzir a tarifa. Tentam vender uma ilusão com o objetivo de se apropriar de um serviço essencial à vida.

Segundo dados da ONU, 18% da população mundial não têm acesso a uma quantidade mínima aceitável de água potável. Projeções indicam que em 2025, dois terços da população do planeta - 5,5 bilhões de pessoas - poderão não ter acesso à água limpa. E, em 2050, apenas um quarto da humanidade vai dispor de água para satisfazer suas necessidades básicas.

É neste mercado futuro, extremamente promissor e lucrativo que essas empresas estão mirando. Diante disso, o PT/RS posiciona-se contrário a qualquer processo que leve à privatização dos serviços de saneamento – Água e Esgoto – nos municípios gaúchos.

A água é um bem público, essencial à vida, e não pode ser tratada como uma mercadoria. Com essa visão, assumimos, nas eleições de 2010, o compromisso com a população gaúcha de fortalecer a Corsan, ampliando e qualificando seus serviços. Esse é um compromisso reafirmado pelo governador Tarso Genro.

Nosso Partido, histórica e programaticamente, tem se posicionado na defesa de que os serviços públicos essenciais não podem ser instrumentos de capitalização privada e essa deve ser a orientação para nossos parlamentares, gestores e militantes sociais.

Assim, o PT/RS está integrando o Comitê Estadual em Defesa da Água Pública, organizado pelos movimentos sociais gaúchos, e orienta toda a sua militância, em especial seus(suas) parlamentares e gestores(as) públicos(as), a somarem-se a este movimento, criando e fortalecendo os comitês e fóruns municipais em defesa da água pública.

Desde já convidamos a todos(as) para o lançamento oficial do Comitê Estadual em Defesa da Água Pública no dia 18 de Março em Porto Alegre.


Executiva Estadual PT/RSPorto Alegre, 31 de Janeiro de 2011

1 de fevereiro de 2011

EM DEFESA DOS POSTOS DE TRABALHO

                     EM DEFESA DOS POSTOS DE TRABALHO


O Grupo Lojas Obino atravessa seríssima crise econômico-financeira, já tendo fechado várias lojas e demitido grande contingente de trabalhadores, situação, por todos os pontos de vista, absolutamente indesejável.
O Grupo apresentará uma proposta de acordo aos credores, funcionários, fornecedores e bancos, na próxima sexta-feira, dia 05 de fevereiro. A possibilidade de esta proposta não ser aceita pode levar ao fechamento dessa empresa. O resultado, caso isso aconteça, será simplesmente desastroso para a Metade Sul do Rio Grande e, de modo especial, para cerca de 3.500 famílias que dependem, direta ou indiretamente, desse empreendimento.
Segundo diretores da empresa hoje são 46 lojas, aproximadamente 700 empregados diretos e, mais ou menos, 3000 indiretos, incluindo terceirizadas.
A Metade Sul do Rio Grande tomou algum fôlego com a construção da Fase C da CGTEE,e com o Polo Naval em Rio Grande, o que entusiasmou todo mundo. Essa notícia, da possibilidade de fechamento das lojas Obino, joga um balde de água fria em nossa alegria. A Fase C criou quase mil empregos permanentes, entre diretos e indiretos. A falência da Obino pode fechar 3.500 ou 3,5 vezes a Fase C, em termos de postos de trabalho. O retrocesso será muito violento se isso ocorrer.
Foi com a preocupação de salvar estes postos de trabalho, e evitar que tão grande número de famílias seja levado a situação degradante do desemprego, que este Vereador, propôs a Comissão de Emprego da Câmara de Vereadores de Candiota, da qual é presidente, uma moção de apoio a uma solução que impeça a perda dessas vagas, que impeça que essas famílias percam seu trabalho, que essas famílias fiquem sem remuneração, que a Metade Sul, que deu recentes passos tão significativos de avanço, agora dê passos tão largos para trás.
A Moção foi aprovada pela Comissão Representativa e encaminhada ap Presidente do Banrisul e ao Secretário Mauro Knijnik do Desenvolvimento e Promoção do Investimento.

MOÇÃO DE APOIO - GRUPO OBINO

                                                Moção de Apoio
 A Comissão de Emprego da Câmara de Vereadores de Candiota, propõe ao colendo plenário, Moção de Apoio a Recuperação Econômica e Financeira do Grupo Lojas Obino.
 Tal moção justifica-se por a comissão entender que é necessário manterem-se os aproximadamente, 3.500 (três mil e quinhentos) empregos diretos e indiretos que esse grupo proporciona a trabalhadores da Metade Sul do Rio Grande do Sul.
 Essa Casa Legislativa, entende que, caso as negociações atuais com os credores não prosperem será necessário que o Governo do Estado do RS, intervenha nessas negociações para que se encontre uma alternativa que impeça que esse enorme contingente de cidadãos e cidadãs fiquem desempregados.
 Entende também que a Região Metade Sul do RS não pode ser penalizada com tamanho ônus. Os Estaleiros de Rio Grande e a FASE C da Usina Presidente Médici (Candiota) trouxeram um alento a região. A perda de tão grande número de postos de trabalho faria retroceder esse avanço conquistado nesses últimos anos.
 Assim sendo essa Casa Legislativa encaminha essa Moção de Apoio ao BANRISUL (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) e a Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento essa Moção de Apoio a recuperação do Grupo Lojas Obino, fazendo um apelo para que, em não sendo aceito o plano de recuperação ora apresentado aos credores, busquem-se outras alternativas, se for preciso agregando outros órgãos estaduais como BRDE e Agência de Fomento para que esse enorme número de famílias não restem em situação constrangedora do desemprego.
 No afã de ajudar numa solução que seja boa para todos, Lojas Obino, seus funcionários, a sociedade da Metade Sul do RS, as Prefeituras em que existem unidades do grupo instaladas, sugerimos acrescentar no Plano de Recuperação, os seguintes itens:
a) Criação de um programa de responsabilidade social, na empresa, que beneficie a sociedade como um todo, mas principalmente seus funcionários, especialmente na área da capacitação profissional;
b) Criar programa de distribuição de parte do lucro líquido aos seus funcionários;
c) Criar um programa de co-gestão com os funcionários como forma de aproveitar a capacidade dos mesmos para uma gestão de alta qualificação.

                                                                       Candiota, 31 de janeiro de 2011

                                                                                           João Couto
                                                                        Presidente da Comissão de Emprego

                                                                                     Guilherme Barão
                                                                  Vice-presidente da Comissão de Emprego