O FUTURO DO PDT DE CANDIOTA SOB ÓTICA POSITIVA
Prezado Taylor Lima:
Costumo, sempre que posso, ler os blogs candiotenses, dentre eles o Teclando 7. Como já afirmei publicamente, várias vezes, considero-o excelente. Faço especial ressalva à recepção dos anônimos que considero um processo antidemocrático. Após 21 anos de exceção e censura conquistamos o direito de livre expressão do pensamento. É necessário assegurar isso na prática. O uso do anonimato representa renúncia a esse direito e, ao mesmo tempo, referenda os desejos escusos daqueles que almejam a volta do arbítrio. E os órgãos de comunicação que os incentivam praticam heresia contra a própria liberdade de comunicação. Hoje não há motivo algum para alguém esconder-se para emitir opinião.
Como trouxeste a público a questão das coligações para as eleições de 2012, mais precisamente as relações que envolvem o PT e o PDT nesta Conjuntura, sinto-me na obrigação, como velho militante do movimento pupolar, do movimento socialista e do PT, de fazer algumas observações, na tentativa de tornar mais claro o ambiente em que essas relações se dão.
Começo por lembrar-te que enuncias conclusões sem explicitar a análise da Conjuntura que as geraram. Sem analisar o ambiente em que as coisas acontecem, como entender de onde vieram?Quero lembrar-te que o PDT ocupa duas secretarias de estratégica importância para a Comunidade. A Secretaria de Meio Ambiente, Indústria, Comércio, Serviços e Turismo é uma super-secretaria. Primeiro por tratar de toda a questão ambiental o que envolve as relações de todos os cidadãos entre si, isto é, 100% da população de Candiota, suas relações com o Meio Ambiente enquanto indivíduos, suas relações com o meio produtivo, as relações deste meio produtivo entre si, as questões da geração de emprego e renda e toda a gama de ações para o desenvolvimento do Município. Esses dois temas, Meio Ambiente e Desenvolvimento, estão permanentemente na agenda dos cidadãos, dos agentes públicos, dos empreendedores, dos movimentos populares e sin dicais e dos partidos políticos. E isso não é pouca coisa.
A Secretaria de Cultura, que envolve também esportes, tem tamanha dimensão que perpassa, igualmente, a Sociedade como um todo. A Cultura, trabalhada como instrumento civilizatório, ferramenta de burilamento do espírito do Ser Humano para as relaçoes cada vez mais qualificadas entre a imensa diversiddade de manifestações de credos, etnias, classes sociais,gêneros, grupos especiais por faixa etária, portadores de necessidades especiais, cumpre papel muito superior à Secretaria de Obras ou à de Educação ou à de Saúde. Nota que as duas secretarias que o PDT conduz penetram absolutamente toda a Sociendade Candiotense, ennquanto as demais apenas compartimentos dela. Ou tu, Taylor, não consegues enxergar essas secretarias além do Canto Moleuqe e do Aterro Sanitário, o que já seria importantíssimo, ou falta algum ingrediente em tua análise que te possibilite sentir o peso real que elas tem. Não seria isenção? É apenas indagação.
O outro aspecto, que analiso, parte da “ encruzilhada “ onde, creio eu, te perdeste. Dela, prezado Taylor, partem dois caminhos , tendo o PDT que escolher um deles. Começo pelo que chamas de “ a mais lógica “, a aliança com o PT. Tua referência aqui é depreciativa - “pirulito” - e deixas a impressão de que consideras a Direção do PDT como um grupo de pessoas ingênuaas e ou infantis. Se entendi bem consideras que elas não tem condições de fazer a análise correta da Conjuntura. Pelo que conheço delas, dialogo com elas com frequência, assisto-as fazendo política, são muito maduras e politizadas, com visão muito clara do passado, do presente e do futuro.
O PDT, a rigor, já tem tres secretarias, pois a Secretaria de Administração e Finanças é ocupada pelo Companheiro Granatto, liderança regional do PDT. Mais uma secretaria, o tal “pirulito” - não vais me dizer que quando eras menino não gostavas de pirulito – passará a ser a QUARTA. Nenhum dos patridos da União pela Mudança, Taylor, tem mais do que uma secretaria. E este é o caso do PSDB que tem a da Saúde. Significa que o PDT é considerado dentro da magnitude e da grande importância que tem, bem diferente da tua afirmativa, embora não tenha participado da cmapnha pela eleição deste projeto que o abriga hoje. Pelo contrário, esteve do outro lado.
Agora abordo as condições dos dois caminhos. A aliança com o PT terá, para o PDT, o significado, Taylor, de continuar embarcado em um projeto no qual é PROTAGONISTA , sim,realizador, includente, organizador da cidade, moderno, produtor de mudanças profundas, muitas das quais a Cidadania já sente fortemente e muitas outras com repercussão a mais longo prazo, como os efeitos da criação das secretarias de Meio Ambiente e o credenciamneto da Prefeitura para fazer o licenciamento ambiental aqui, e da Ação Social, dos projetos de habitação popular que propiciarão moradia, a curto prazo, para cerca de 700 famílias, da regularização fundiária, que colocará nas mãos de centenas de cidadãos do João Emílio, da Vila Cimbagé e de Dario Lassance as tão sonhadas escrituras de seus terrenos, da Prefeitura desencalacrada e com crédito, do parque de máquinas renovado, realizando obras, mantendo as estradas em excelentes condições de trafegar,da frota nova de veículos que oferece condições de os funcionários exercerem suas funções e da otimização do transporte escolar, dos mais de 50 cidadãos de baixa renda na universidade por meio do Proesc, dos encaminhamentos corretos para garntir o direito de morar com dignidade dos moradores da Portelinha e do Areal, com instalação de água potável, energia elétrica, snaeamento e a propriedade dos terrenos, com o asfaltamento da Luiz Chirivino, da Vinte e Quatro de Março – na frente da tua casa - do entorno da Vila Operária, das dezenas de abrigos de ônibus, de um projeto de saneamento que qualificará a água potável e levará água da melhor qualidade para centenaas de assentados, enfim uma administração com a qual a População de Candiota sempre sonhou e lhe era negada.
O segundo caminho, que apontas como radioso para o PDT, já foi rejeitado pelo Povo na eleição passada. Para refrescar a memória lembro-te que PMDB e PDT estavam coligados e perderam para a coligação PT/PSDB/PTB/PSB/PSC. E o Folador ainda não era Prefeito e o Povo de Candiota ainda não conhecia uma administração tão comprometida com a solução dos seus reais problemas, tão ágil na concepção dos projetos e tão ágil em sua execução. O Povo de Candiota ainda não tivera um prefeito e um vice que agissem com presteza e com destreza e com tanta harmonia como Folador e Paulo Brum. Mas recomendas que o teu partido se coligue com outro que está em franca e notória decomposição. Devido às péssimas administrações que fez – governou por doze anos e fez muito menos do que a atual, que tem apenas tres - o Povo vem se afastando dele e reconhece a eficiência da atual administração. Dezenas de lideranças deixaram o PMDB. Esse processo ainda não acabou e essa sangria não vai estancar tão cedo. No auge da campanha, quando todos os sentidos da Cidadania se voltarem para essa disputa – que é a maior que se travará na Sociedade – e os dois projetos entrarem em avaliação – o que restar – se é que restar -´de brilho, no teu preferido parceiro, desandará completamente e quem estiver a ele colado será arrastado junto. Entendo que o PDT não merece isso. É aqui que a casa a que te referes viraria ruínas por uma coupação equivocada, por propores levar para dentro dela uma espécie de “ cavalo de tróia”.
Finalmente quero analisar contigo duas afirmações, que fazes, que a minha consciência socialista, humanista, solidária fez com que me sentisse estarrecido. A primeira é qundo afirmas “ na vala comum dos pequenos partidos”. Quero lembrar-te que “ vala comum” é o lugar onde a prática capitalista enterra pessoas que considera “ indigentes” ou onde o crime organizado enterra seus executados. Usar esta expressão para enquadrar um partido político, tenha o tamanho que tiver, é rebaixá-lo ao extremo Um partido forma-se a partir de idéias ( elementos virtuosos ) com a finalidade de tazer política ( outro elemnto virtuoso) e seu tamanho não dá a medida de sua importância. Tratar, portanto, com desprezo um partido por que é pequeno sempre foi, para nós de formação socialista, considerado um ato reacionário e retrógrado, indigno de quem quer uma sociedade realmente democrática. Para nós o PTB, o PSB, o PcdoB, o PSDB, o PSC são expressões de conjunto de idéias respeitáveis e imprescindíveis para afirmar a pluralidde de concepções inerentes à Democracia, não importando seu tamanho.
A outra afirmativa estarrecedora, que fazes, é que “ o foco “ único do PDT, na tua visão, é apenas vencer as eleições, elegendo mais vereadores e ter o vice, não importando a que projeto sirva. Aqui fazes uma confissão de que o objetivo partidário é apenas aparelhar o Município, ocupar cargos sem nenhum objetivo social de profundidade, mas promover personalidades, empregar cabos eleitorais, usar as estruturas da institucionalidade para obter vantagens pessoais, posto que o teu parceiro preferido nunca teve um programa. Chego a imaginar que o saudoso Dr. Brizola deva ter se contorcido no túmulo com um membro de direção de seu partido fazendo tais afirmativas. Que eu lembre não foi para isso que ele criou o PDT. Também não acredito que militantes extraoredinários do porte de seu Gregório, da Fernanda, do Lazareno, do Guilherme, do Celso, da Fátima Rosane,do Aroldo, do Gil Deison, do Pablo pensem do mesmo modo. Um partido cresce, mesmo sem cargos, se tiver projeto e o trabalhar junto aos diversos segmentos da Sociedade.
A tua aritmética também está defasada. De início é inintelegível a afirmativa de que o Roger, ou a Tauana, só concorreria se o Rui, ou a Sandra, fosse candidata(o). Não consegues ver os quatro como candidatos a vereador, somando votos. Esta, sim, seria aritmética positiva para aumentar a bancada do PDT, mas com um projeto, o da União pela Mudança, projeto generoso que está transformasndo Candiota numa cidade muito boa para se trabalhar e viver.
Um forte abraço.
Vereador João Couto.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Por: Taylor Lima
Embora eu raramente trate de assuntos do PDT aqui no blog Teclando 7, me sinto instado a manifestar-me sobre o atual momento do partido, importante e decisivo para o seu futuro. Isto é, uma verdadeira encruzilhada.
Quem participou da vida orgânica do partido, nos últimos 12 meses, sabe o quanto defendi e trabalhei para preparar o partido para a manutenção de nossa bancada de vereadores, quiçá aumentá-la, e a participação com candidato na chapa majoritária do pleito de 2012.
Ao cabo de várias reuniões e trabalho pessoal de muitos, qualificamos o partido com o ingresso de novos quadros e buscamos espaços compatíveis com a história e a grandeza do PDT, que já foi governo com prefeito de seus quadros, participou de coligações para eleições majoritárias com o PT, recentemente com o PMDB, e mantém uma bancada de 2 (dois) vereadores nas últimas três legislaturas.
Ocorre que, neste momento, nas estradas que irão definir o futuro do PDT de Candiota, uma via aponta para a pouco provável candidatura própria. Restam assim, a possibilidade da candidatura a vice com o PT ou PMDB e como quarto caminho o simples apoio a um dos candidatos à prefeito, em troca de espaço na administração (cargo, secretaria...).
A segunda via, a mais lógica, seria compor com o PT na chapa majoritária com quem participa da atual administração. Por parte do PDT não faltaram esforços neste sentido, que datam desde a posse da atual executiva partidária, que se intensificaram nos últimos dias, com a mobilização de todos, inclusive quando busquei o diálogo pessoal com o prefeito, por duas vezes, com outras lideranças do partido dos trabalhadores, sempre deixando bem claro que seria mais um soldado para ajudar a construir essa composição.
Ao que parece o PT, ao definir sua chapa majoritária com o candidato a vice do PSDB, acenando com (“pirulito”) mais uma secretaria no governo, coloca o PDT na vala comum dos pequenos partidos, avaliação bem à quem da importância HOJE do PDT no cenário político de Candiota.
Inquieta-me assistir o PDT, no momento, deixar a encruzilhada da busca do melhor caminho para a vitória do partido, desgastando-se na rótula, em círculo, fora do foco principal (futuro do PDT), ora direcionado para apoiar o candidato do PT (em troca do pirulito), ora para apoiar o candidato do PMDB (em troca do vice), deixando em segundo plano a votação que o PDT vai receber no próximo pleito. Isto é, se vai ganhar ou perder sua eleição para vereadores.
Tenho opinião e vou expressá-la de maneira bem clara, como sempre fiz:
Conforme dados oficiais do TSE, nosso partido, nas últimas eleições, fez 1.348 votos para vereadores. Deste total, sob a minha óptica, deixaremos de computar 636 votos de candidatos que não irão para a disputa no próximo ano. Certos, hoje, só temos as candidaturas do ver. Guilherme (263 votos), Celso (242 votos) secretário Deison (138) e de Ronei (31 votos).
Na última eleição o coeficiente para eleger um vereador era de 677 votos. Com o aumento do eleitorado deve ficar em torno de 750 na eleição do próximo ano. Assim, em tese, mantida a votação dos candidatos citados (?) ainda assim teríamos que buscar novos candidatos à vereadores com capacidade de somarem em torno de 100 votos.
No cenário do “pirulito” com PT, guindado a uma condição de 3º ou 4º coadjuvante na coligação, não vejo sequer a possibilidade de completarmos o quadro de candidatos a vereadores, com o risco real de não eleger nem um ou, na melhor das hipóteses, eleger apenas um.
No cenário do vice com o PMDB, com o PDT elevado a condição de protagonista, construindo-se uma candidatura a vice, por exemplos, como a do Dr. Ruy Schneider ou a professora Sandra Müller, teríamos as reais possibilidades de contar com as candidatura à vereador de Roger Schneider e de Thauana Müller, potenciais candidatos para uma votação na faixa de 200 votos, com o PDT motivado, surgindo ao natural outros nomes à concorrer, manteríamos a bancada, quiçá aumentando para três vereadores e potencializando candidaturas para a eleição de 2016. Neste cenário o PDT sairia da disputa como vencedor, nosso principal foco, independente do resultado da eleição majoritária.
No cenário do “pirulito” o maior perdedor seria o PDT, independentemente do próximo prefeito. E aqui cabe um recado, aqueles que irão decidir por seus interesses pessoais, que aproveitem bem, pois o prazo de vencimento do PDT de Candiota terminaria em 07-10-2012. A casa que hoje abriga histórias de dignas figuras, como dos ex-vereadores Gregório Ferreira, Lasareno Cardoso e Fernanda Vestfahl, viraria ruínas ou trocaria sua fachada.
E, tenham a santa paciência, não coloquem a culpa nas minhas costas pela incompetência ou desejo do PT, em três anos, de não construir a coligação na majoritária com o PDT.
Entregamos ao futuro, a voz da verdade!
Vice-presidente do PDT de Candiota